Denise Saraceni já trabalhou em 15 novelas – sendo Passione a 16ª -, nove minisséries e 17 episódios de séries e casos especiais. Primeira mulher a se tornar diretora de núcleo da Globo – e, por enquanto, a única –, sua estréia na emissora foi como assistente de produção do seriado Malu Mulher, de 1979. O último trabalho foi como diretora de núcleo do especial Dó Ré Mi Fábrica, em 2009. Entre os prêmios conquistados pela diretora estão o Grande Prêmio da Crítica de TV, dado pela APCA à minissérie A Muralha; o APCA de Melhor Diretora pela minissérie Engraçadinha; e o Prêmio Coral Negro de Melhor Vídeo no Festival de Cinema e Vídeo de Havana, pela minissérie O Tempo e o Vento, de 1985, quando fez seu primeiro trabalho com Paulo José. A diretora concorreu também com O Natal do Menino Imperador ao Emmy International de 2009 na categoria Infantil.
Para Denise, Passione é uma novela que exige um olhar preciso e profundo.
“Há os movimentos apaixonados de cada personagem por qualquer coisa - da ação à paisagem. A imagem está concebida na força que a dramaturgia exige. Passione é uma história para ser contada por dentro dos personagens. A preocupação é absolutamente voltada para o desenho emocional, dramaturgia pura. Como disse bem o Silvio, é uma junção da comédia, do drama, do romântico e do suspense. E a câmera, a imagem, perseguirá a emoção que todas essas linguagens desafiam”, diz.
A equipe de direção é formada Carlos Araújo, Luiz Henrique Rios, Allan Fiterman, Natalia Grimberg e André Câmara.
“Está sendo muito enriquecedor nos reencontrarmos mais maduros. Todos foram meus assistentes. Todos já trilhamos estradas tortuosas e, outras, prazerosas. Nas prazerosas, estivemos sempre juntos. Por isso, conseguimos criar uma unidade e um respeito profissionais muito grandes. Allan, Natália e André também estão dando um show”, destaca Denise.
quarta-feira, 19 de maio de 2010
Silvio de Abreu
O autor, que já foi ator, diretor e também cenógrafo, retorna ao horário nobre com Passione, sua 14ª novela, e reedita uma parceria bem sucedida com a diretora de núcleo Denise Saraceni. Em seu novo folhetim, ele trabalha com os colaboradores Daniel Ortiz, Sérgio Marques e Vinícius Viana, com a pesquisadora Carmem Riguetto e a professora de italiano da USP Cecília Casini.
Silvio de Abreu começou a carreira estudando na primeira turma de cenografia da Escola de Artes Dramáticas de São Paulo, onde terminou o curso sem nunca ter exercido a profissão. Para ele, a Escola foi apenas subsídio para realizar um desejo antigo: ser ator. Na época, ele se considerava tímido para subir ao palco. Com o tempo adquiriu conhecimento e experiência e ganhou coragem para fazer um teste como ator para seu primeiro papel no teatro. Estreou em 1964, no Teatro Brasileiro de Comédia, na peça Vereda da Salvação, dirigida por Antunes Filho. Em 1966, embarcou para Nova York e foi estudar no Actor’s Studio. Durante esse ano, teve aulas com grandes nomes do cinema internacional, como Lee Strasberg e Elia Kazan.
Após oito anos, oito novelas e atuando nos palcos ao lado de ícones da dramaturgia nacional, como Fernanda Montenegro, Raul Cortez, Cleide Yáconis e Aracy Balabanian, Silvio de Abreu descobriu o fascínio pelos bastidores e começou a trabalhar como assistente de direção. Nesta época, ao lado dos atores Stenio Garcia, Cleide Yáconis e do diretor Antonio Abujamra, de quem era assistente de direção, criou uma companhia de teatro. E foi trabalhando como assistente de direção de Carlos Manga, mestre do cinema nacional, que recebeu o primeiro incentivo para se dedicar a escrever roteiros.
Na década de 70, escreveu e dirigiu vários filmes, incluindo Assim era Atlântida, ao lado de Carlos Manga, e algumas pornochanchadas. Em 1977, convidado para fazer uma novela na TV Tupi, Silvio de Abreu escreveu Éramos Seis. No ano seguinte, já na TV Globo, lançou Pecado Rasgado, e, em 1978, trabalhou na finalização de Plumas e Paetês, de Cassiano Gabus Mendes, e Jogo da Vida, em 1981. Dois anos depois, em 1983, inovou sobrepondo o humor ao drama em Guerra dos Sexos - um grande sucesso que abriu espaço para a comédia no horário das 19h. O mesmo gênero prevaleceu em Vereda Tropical, escrita com Carlos Lombardi e exibida em 1984, em Cambalacho, em 1987, e em Sassaricando, em 1987. Também foi autor de Rainha da Sucata, lançada em 1990; Deus Nos Acuda, em 1992; A Próxima Vítima, em 1995; Torre de Babel, em 1998; A Incrível Batalha das Filhas da Mãe no Jardim do Éden, em 2001; e Belíssima, em 2005.
Silvio de Abreu escreveu ainda a minissérie Boca do Lixo, exibida em 1995, e supervisionou, em 1997, O Amor está no Ar; em 1998, o remake de Anjo Mau; em 2003, Da Cor do Pecado; e, em 2008, Beleza Pura.
Animado com o novo trabalho, Silvio de Abreu está ansioso para a repercussão do folhetim.
“Passione não é uma novela que está focada em uma idéia pré-estabelecida, como em Belíssima que falava sobre beleza; ou Guerra dos Sexos, onde o tema era a briga dos sexos; ou ainda em Sassaricando, que o assunto eram as mulheres de mais de 50 anos no mercado de trabalho; ou em Cambalacho, que era a falta de vergonha do país. Passione é uma novela que tem segredos que, conforme vão sendo revelados, o curso da história vai mudando”, destaca.
O autor garante que o público terá diversão garantida.
“Estou querendo fazer com que o público tenha prazer de esperar a hora da novela e a assista, não por curiosidade sobre o que vai acontecer, apesar deste sentimento ser despertado também, mas, principalmente, pelo prazer de assistir àquela cena, de ver os atores representarem e pelo prazer de acompanhar a história. O que importa é você ser testemunha daquelas cenas porque a novela é dividida em duas fases: na primeira, o público vai conhecer os personagens, suas razões, as tramas amorosas, as vilanias e tudo o mais. E, na segunda parte, que não sei exatamente em que capítulo começará, a novela terá um cunho policial. Ou seja, tudo aquilo que as pessoas estavam assistindo, elas poderão ver de outra maneira. Poderão constatar que o que estava acontecendo não era tão espontâneo, nem tão determinado pelo destino como parecia. Tem uma trama policial por trás, a qual será levada até o fim da novela. A narrativa está mais próxima de um thriller do que de um melodrama. Acontece muita coisa ao mesmo tempo em muitos lugares com muitas pessoas”, avisa.
Silvio de Abreu começou a carreira estudando na primeira turma de cenografia da Escola de Artes Dramáticas de São Paulo, onde terminou o curso sem nunca ter exercido a profissão. Para ele, a Escola foi apenas subsídio para realizar um desejo antigo: ser ator. Na época, ele se considerava tímido para subir ao palco. Com o tempo adquiriu conhecimento e experiência e ganhou coragem para fazer um teste como ator para seu primeiro papel no teatro. Estreou em 1964, no Teatro Brasileiro de Comédia, na peça Vereda da Salvação, dirigida por Antunes Filho. Em 1966, embarcou para Nova York e foi estudar no Actor’s Studio. Durante esse ano, teve aulas com grandes nomes do cinema internacional, como Lee Strasberg e Elia Kazan.
Após oito anos, oito novelas e atuando nos palcos ao lado de ícones da dramaturgia nacional, como Fernanda Montenegro, Raul Cortez, Cleide Yáconis e Aracy Balabanian, Silvio de Abreu descobriu o fascínio pelos bastidores e começou a trabalhar como assistente de direção. Nesta época, ao lado dos atores Stenio Garcia, Cleide Yáconis e do diretor Antonio Abujamra, de quem era assistente de direção, criou uma companhia de teatro. E foi trabalhando como assistente de direção de Carlos Manga, mestre do cinema nacional, que recebeu o primeiro incentivo para se dedicar a escrever roteiros.
Na década de 70, escreveu e dirigiu vários filmes, incluindo Assim era Atlântida, ao lado de Carlos Manga, e algumas pornochanchadas. Em 1977, convidado para fazer uma novela na TV Tupi, Silvio de Abreu escreveu Éramos Seis. No ano seguinte, já na TV Globo, lançou Pecado Rasgado, e, em 1978, trabalhou na finalização de Plumas e Paetês, de Cassiano Gabus Mendes, e Jogo da Vida, em 1981. Dois anos depois, em 1983, inovou sobrepondo o humor ao drama em Guerra dos Sexos - um grande sucesso que abriu espaço para a comédia no horário das 19h. O mesmo gênero prevaleceu em Vereda Tropical, escrita com Carlos Lombardi e exibida em 1984, em Cambalacho, em 1987, e em Sassaricando, em 1987. Também foi autor de Rainha da Sucata, lançada em 1990; Deus Nos Acuda, em 1992; A Próxima Vítima, em 1995; Torre de Babel, em 1998; A Incrível Batalha das Filhas da Mãe no Jardim do Éden, em 2001; e Belíssima, em 2005.
Silvio de Abreu escreveu ainda a minissérie Boca do Lixo, exibida em 1995, e supervisionou, em 1997, O Amor está no Ar; em 1998, o remake de Anjo Mau; em 2003, Da Cor do Pecado; e, em 2008, Beleza Pura.
Animado com o novo trabalho, Silvio de Abreu está ansioso para a repercussão do folhetim.
“Passione não é uma novela que está focada em uma idéia pré-estabelecida, como em Belíssima que falava sobre beleza; ou Guerra dos Sexos, onde o tema era a briga dos sexos; ou ainda em Sassaricando, que o assunto eram as mulheres de mais de 50 anos no mercado de trabalho; ou em Cambalacho, que era a falta de vergonha do país. Passione é uma novela que tem segredos que, conforme vão sendo revelados, o curso da história vai mudando”, destaca.
O autor garante que o público terá diversão garantida.
“Estou querendo fazer com que o público tenha prazer de esperar a hora da novela e a assista, não por curiosidade sobre o que vai acontecer, apesar deste sentimento ser despertado também, mas, principalmente, pelo prazer de assistir àquela cena, de ver os atores representarem e pelo prazer de acompanhar a história. O que importa é você ser testemunha daquelas cenas porque a novela é dividida em duas fases: na primeira, o público vai conhecer os personagens, suas razões, as tramas amorosas, as vilanias e tudo o mais. E, na segunda parte, que não sei exatamente em que capítulo começará, a novela terá um cunho policial. Ou seja, tudo aquilo que as pessoas estavam assistindo, elas poderão ver de outra maneira. Poderão constatar que o que estava acontecendo não era tão espontâneo, nem tão determinado pelo destino como parecia. Tem uma trama policial por trás, a qual será levada até o fim da novela. A narrativa está mais próxima de um thriller do que de um melodrama. Acontece muita coisa ao mesmo tempo em muitos lugares com muitas pessoas”, avisa.
Curiosidades de Passione
* O nome da novela, Passione, vem da relação de Totó (Tony Ramos) com Clara (Mariana Ximenes), uma grande passione. Mas também vem do fato de ter inspiração italiana.
*A inspiração para a história é proveniente de um período específico do cinema italiano, a comédia e o melodrama dos anos 40, 50 e 60. Para Silvio de Abreu, juntos, eram humanos, cômicos, verdadeiros e absolutamente irresistíveis.
*Apesar do Abreu, que é o sobrenome do pai de Silvio, todo o resto da família, por parte da mãe do autor, é de italianos - Mestieri e Ferreto, como eram os nomes dos personagens de A Próxima Vítima.
*Para criar o núcleo italiano, Silvio escreveu os diálogos da família italiana em italiano. Em seguida, eles passaram pela consultoria da Cecília Casini, professora da USP, assim como o ensaio com os atores. Depois, junto com ela, o texto foi todo mudado. O autor tirou as palavras que tinham outro significado no Brasil (por exemplo, ‘prego’ que lá quer dizer ‘por favor’, aqui quer dizer ‘prego’) para não confundir a cabeça do público. Depois que os atores pegaram a música da fala e incorporaram o espírito italiano.
*Na trama, Carolina Dieckmann é a mocinha da estória, mas ela já inicia a novela ficando com dois amigos. Silvio de Abreu destaca que não há a mocinha tradicional, mas a personagem tem todas as características da mocinha - é bom caráter, boa filha, mas não é boba. Ela se mete na vida e quebra a cara.
*Há duas modalidades esportivas em ‘Passione’ – ciclismo e stock car – sendo que o ciclismo é a base da empresa da trama. Cauã Reymond, Kayky Britto e Gabriel Wainer, atores que, na trama, integram o time de ciclistas da Metalúrgica Gouveia, tiveram que, literalmente, suar a camisa em aulas de ciclismo.
*Para dar mais veracidade à trama de Gerson (Marcello Antony), um piloto campeão de Stock Car, a equipe da novela gravou cenas com o ator na primeira etapa da temporada 2010 da Stock Car. E, assim como os pilotos famosos na vida real, ele tinha um carro e um box cercados de fãs, curiosos e jornalistas no Autódromo Internacional José Carlos Pace, em Interlagos, São Paulo.
*Marcello Antony, além de ter aulas de Stock Car, tirou licença para poder dirigir nesta categoria.
*As gravações na Copa Brasil de Ciclismo também contaram com a atuação de Cauã Reymond, que interpreta Danilo, um campeão na modalidade, de Marcello Antony, o piloto Gerson, e de Gabriel Wainer, o Chulepa, amigo da família. Os três participaram como integrantes da Gouveia, nome da equipe de ciclismo da novela.
*Para as cenas, além dos 64 participantes da competição, a equipe mobilizou 120 pessoas, entre elas 53 figurantes. Foram utilizadas sete câmeras na pista, uma em uma moto, uma no helicóptero e duas na área de revezamento.
*Problemas sociais estão inseridos na trama. O autor enfatiza que em Passione há uma idéia clara de crítica social, principalmente, do que está acontecendo em relação à falta de ética, princípios morais e sobre toda essa mudança que estamos vendo. Silvio lembra que quando escreveu Belíssima, se deu conta de que o público preferia os personagens mau caráter aos personagens de bom caráter. “Isso mudou muito a minha visão em relação ao país em que estamos vivendo. Então, nessa novela, não é que eu esteja querendo resgatar esses princípios morais, mas, sim, expor ao público como estamos vivendo”.
*Pela primeira vez, Mariana Ximenes vive uma vilã.
* Carolina Dieckmann, que, na pele da estudante de pós-graduação em Jornalismo Diana, fará matérias sobre esportes radicais, acompanhou um dia da rotina das equipes do Globo Esporte.
*Na equipe de colaboradores de Silvio de Abreu está Daniel Ortiz, um jovem autor, de 37 anos, que já escreveu muita novela na Televisa, e é a primeira vez que está trabalhando no Brasil.
*A região da Toscana e Roma foram os cenários escolhidos para apresentar a história do núcleo italiano de Passione. As gravações na Itália tiveram início na primeira semana de março e se estenderam até o começo do mês de abril.
*Em Roma, os pontos reconhecidos internacionalmente como Castel de Sant’Angelo, Coliseu, Fórum Romano, Piazza Campidoglio, Bocca della Veritá, Fontana di Trevi, Piazza Navona, Pantheon e Piazza de Spagna, além do Vaticano, foram as locações selecionadas para as cenas de um passeio de Totó (Tony Ramos) com seu filho Adamo (Germano Pereira).
*Florença, Siena, Montepulciano, Monticchielo, San Quirico, Pienza, San Galgano, Igreja San Giovani Batista, Montecchiaro, Monteriggioni, Hotel Locanda dell’Amororosa e Stazione Di Buonconvento foram os lugares eleitos na Toscana pelo autor e pela direção da novela para gravar a maioria das cenas do núcleo italiano.
* Mais de 40 pessoas, entre elas figurinistas, cenógrafo, diretores, produtores e atores, embarcaram para as gravações na Itália. Tony Ramos (Totó) e Germano Pereira (Adamo) foram os primeiros a gravar no país e os únicos em Roma. Já Fernanda Montenegro (Bete), Mariana Ximenes (Clara), Reynaldo Gianecchini (Fred), Aracy Balabanian (Gemma), Daniel de Oliveira (Agnello), Leandra Leal (Agostina), Miguel Roncato (Alfredo), Marcelo Médici (Mimi) e Bruno Gagliasso (Berilo) gravaram apenas em solo toscano.
*Durante a viagem, a novela também contou com a parceria de uma produtora italiana. Assim, ao somar as equipes do Brasil e da Itália, ao longo de mais de um mês de gravação, havia quase 100 pessoas diariamente no set. Neste período, a novela ainda gravou em 50 locações e contou com mais de 200 figurantes italianos – todos selecionados em Siena.
*O trabalho da produção na Itália começou em setembro com as pesquisas de locações e, em novembro, durante uma semana, foram gravados stock shots da colheita das azeitonas. Durante a viagem, direção e produção registraram também as mais diversas paisagens, com chuva, neve, céu azul e sol iluminando os campos verdes da Toscana.
*Morumbi, Jardins, Tatuapé, FAAP, Av.Paulista, USP e CEAGESP foram algumas das locações escolhidas em São Paulo para ambientar uma parte da trama de Passione.
*Sob a direção-geral de Luiz Henrique Rios, as gravações em São Paulo tiveram início em janeiro e seguiram até março.
*Mayana Moura, que viverá a estilista Melina, além de ter ido ao São Paulo Fashion Week, fez laboratório com a estilista Glória Coelho. Foi, porém, no clássico “E o vento levou” que Mayana buscou elementos para compor a paixão que Melina sente por Mauro, personagem de Rodrigo Lombardi.
*Os filmes também trouxeram contribuições importantes para os personagens de Mariana Ximenes e Reynaldo Gianecchini. Seguindo a sugestão de Silvio de Abreu, Ximenes assistiu a filmes de Betty Davis e Brigitte Bardot para a vilã Clara. Já Gianecchini partiu de Os Imorais, passando por Gigolô Americano, e foi até os clássicos de Hitchcock para interpretar o mau caráter Fred.
*O núcleo italiano, composto por Tony Ramos, Aracy Balabanian, Leandra Leal, Daniel de Oliveira, Germano Pereira, Miguel Roncato, Marcelo Medici e Emiliano Queiroz, para parlar o italiano de Passione, além de inúmeras leituras de texto, teve aulas com a professora da USP Cecília Casini. Os atores que viverão os membros da família Mattoli ainda passaram um período no sítio do ator Marcos Palmeira para aprender um pouco das tarefas diárias do meio rural, que incluiu de ordenha ao plantio de verduras. Os filmes italianos também foram lembrados por Germano Pereira e Miguel Roncato, que elegeram obras de diretores como Fellini para ajudar na composição de seus personagens.
*A inspiração para a história é proveniente de um período específico do cinema italiano, a comédia e o melodrama dos anos 40, 50 e 60. Para Silvio de Abreu, juntos, eram humanos, cômicos, verdadeiros e absolutamente irresistíveis.
*Apesar do Abreu, que é o sobrenome do pai de Silvio, todo o resto da família, por parte da mãe do autor, é de italianos - Mestieri e Ferreto, como eram os nomes dos personagens de A Próxima Vítima.
*Para criar o núcleo italiano, Silvio escreveu os diálogos da família italiana em italiano. Em seguida, eles passaram pela consultoria da Cecília Casini, professora da USP, assim como o ensaio com os atores. Depois, junto com ela, o texto foi todo mudado. O autor tirou as palavras que tinham outro significado no Brasil (por exemplo, ‘prego’ que lá quer dizer ‘por favor’, aqui quer dizer ‘prego’) para não confundir a cabeça do público. Depois que os atores pegaram a música da fala e incorporaram o espírito italiano.
*Na trama, Carolina Dieckmann é a mocinha da estória, mas ela já inicia a novela ficando com dois amigos. Silvio de Abreu destaca que não há a mocinha tradicional, mas a personagem tem todas as características da mocinha - é bom caráter, boa filha, mas não é boba. Ela se mete na vida e quebra a cara.
*Há duas modalidades esportivas em ‘Passione’ – ciclismo e stock car – sendo que o ciclismo é a base da empresa da trama. Cauã Reymond, Kayky Britto e Gabriel Wainer, atores que, na trama, integram o time de ciclistas da Metalúrgica Gouveia, tiveram que, literalmente, suar a camisa em aulas de ciclismo.
*Para dar mais veracidade à trama de Gerson (Marcello Antony), um piloto campeão de Stock Car, a equipe da novela gravou cenas com o ator na primeira etapa da temporada 2010 da Stock Car. E, assim como os pilotos famosos na vida real, ele tinha um carro e um box cercados de fãs, curiosos e jornalistas no Autódromo Internacional José Carlos Pace, em Interlagos, São Paulo.
*Marcello Antony, além de ter aulas de Stock Car, tirou licença para poder dirigir nesta categoria.
*As gravações na Copa Brasil de Ciclismo também contaram com a atuação de Cauã Reymond, que interpreta Danilo, um campeão na modalidade, de Marcello Antony, o piloto Gerson, e de Gabriel Wainer, o Chulepa, amigo da família. Os três participaram como integrantes da Gouveia, nome da equipe de ciclismo da novela.
*Para as cenas, além dos 64 participantes da competição, a equipe mobilizou 120 pessoas, entre elas 53 figurantes. Foram utilizadas sete câmeras na pista, uma em uma moto, uma no helicóptero e duas na área de revezamento.
*Problemas sociais estão inseridos na trama. O autor enfatiza que em Passione há uma idéia clara de crítica social, principalmente, do que está acontecendo em relação à falta de ética, princípios morais e sobre toda essa mudança que estamos vendo. Silvio lembra que quando escreveu Belíssima, se deu conta de que o público preferia os personagens mau caráter aos personagens de bom caráter. “Isso mudou muito a minha visão em relação ao país em que estamos vivendo. Então, nessa novela, não é que eu esteja querendo resgatar esses princípios morais, mas, sim, expor ao público como estamos vivendo”.
*Pela primeira vez, Mariana Ximenes vive uma vilã.
* Carolina Dieckmann, que, na pele da estudante de pós-graduação em Jornalismo Diana, fará matérias sobre esportes radicais, acompanhou um dia da rotina das equipes do Globo Esporte.
*Na equipe de colaboradores de Silvio de Abreu está Daniel Ortiz, um jovem autor, de 37 anos, que já escreveu muita novela na Televisa, e é a primeira vez que está trabalhando no Brasil.
*A região da Toscana e Roma foram os cenários escolhidos para apresentar a história do núcleo italiano de Passione. As gravações na Itália tiveram início na primeira semana de março e se estenderam até o começo do mês de abril.
*Em Roma, os pontos reconhecidos internacionalmente como Castel de Sant’Angelo, Coliseu, Fórum Romano, Piazza Campidoglio, Bocca della Veritá, Fontana di Trevi, Piazza Navona, Pantheon e Piazza de Spagna, além do Vaticano, foram as locações selecionadas para as cenas de um passeio de Totó (Tony Ramos) com seu filho Adamo (Germano Pereira).
*Florença, Siena, Montepulciano, Monticchielo, San Quirico, Pienza, San Galgano, Igreja San Giovani Batista, Montecchiaro, Monteriggioni, Hotel Locanda dell’Amororosa e Stazione Di Buonconvento foram os lugares eleitos na Toscana pelo autor e pela direção da novela para gravar a maioria das cenas do núcleo italiano.
* Mais de 40 pessoas, entre elas figurinistas, cenógrafo, diretores, produtores e atores, embarcaram para as gravações na Itália. Tony Ramos (Totó) e Germano Pereira (Adamo) foram os primeiros a gravar no país e os únicos em Roma. Já Fernanda Montenegro (Bete), Mariana Ximenes (Clara), Reynaldo Gianecchini (Fred), Aracy Balabanian (Gemma), Daniel de Oliveira (Agnello), Leandra Leal (Agostina), Miguel Roncato (Alfredo), Marcelo Médici (Mimi) e Bruno Gagliasso (Berilo) gravaram apenas em solo toscano.
*Durante a viagem, a novela também contou com a parceria de uma produtora italiana. Assim, ao somar as equipes do Brasil e da Itália, ao longo de mais de um mês de gravação, havia quase 100 pessoas diariamente no set. Neste período, a novela ainda gravou em 50 locações e contou com mais de 200 figurantes italianos – todos selecionados em Siena.
*O trabalho da produção na Itália começou em setembro com as pesquisas de locações e, em novembro, durante uma semana, foram gravados stock shots da colheita das azeitonas. Durante a viagem, direção e produção registraram também as mais diversas paisagens, com chuva, neve, céu azul e sol iluminando os campos verdes da Toscana.
*Morumbi, Jardins, Tatuapé, FAAP, Av.Paulista, USP e CEAGESP foram algumas das locações escolhidas em São Paulo para ambientar uma parte da trama de Passione.
*Sob a direção-geral de Luiz Henrique Rios, as gravações em São Paulo tiveram início em janeiro e seguiram até março.
*Mayana Moura, que viverá a estilista Melina, além de ter ido ao São Paulo Fashion Week, fez laboratório com a estilista Glória Coelho. Foi, porém, no clássico “E o vento levou” que Mayana buscou elementos para compor a paixão que Melina sente por Mauro, personagem de Rodrigo Lombardi.
*Os filmes também trouxeram contribuições importantes para os personagens de Mariana Ximenes e Reynaldo Gianecchini. Seguindo a sugestão de Silvio de Abreu, Ximenes assistiu a filmes de Betty Davis e Brigitte Bardot para a vilã Clara. Já Gianecchini partiu de Os Imorais, passando por Gigolô Americano, e foi até os clássicos de Hitchcock para interpretar o mau caráter Fred.
*O núcleo italiano, composto por Tony Ramos, Aracy Balabanian, Leandra Leal, Daniel de Oliveira, Germano Pereira, Miguel Roncato, Marcelo Medici e Emiliano Queiroz, para parlar o italiano de Passione, além de inúmeras leituras de texto, teve aulas com a professora da USP Cecília Casini. Os atores que viverão os membros da família Mattoli ainda passaram um período no sítio do ator Marcos Palmeira para aprender um pouco das tarefas diárias do meio rural, que incluiu de ordenha ao plantio de verduras. Os filmes italianos também foram lembrados por Germano Pereira e Miguel Roncato, que elegeram obras de diretores como Fellini para ajudar na composição de seus personagens.
Cenografia de Passione
Da Toscana ao Tatuapé
A equipe de cenografia de Passione recebeu a missão de trazer a região italiana da Toscana - local em que a família Mattoli vive e onde ocorre parte fundamental da história - para dentro da Central Globo de Produção. O grande desafio foi recriar a atmosfera bucólica do lugar. Para isso, o time formado por 15 profissionais, liderados pelos cenógrafos May Martins e Fernando Schmidt, optou por reunir elementos das comunas (cidades, vilarejos) de San Quirico, San Gimignano, Monteriggioni, Montalcino e Siena. “Nós queríamos representar o microcosmos complexo que é a Toscana e não só pegar uma fatia local e replicar”, explica May.
O resultado do trabalho da equipe, que pesquisou durante seis meses, fez três viagens à Itália e tirou mais de seis mil fotos, foi uma área construída de 1.480 metros quadrados. Essa área é composta por praças, ruas, casas e lojas fictícias tipicamente toscanas. Tendo como cores predominantes o vinho, proveniente das uvas, o verde, das oliveiras, o amarelo, dos girassóis, e os vários tons de terra, a cidade cenográfica tem um estilo rústico. Nas texturas, muita madeira e pedra, assim como nas paisagens originais.
Outro núcleo importante da trama, composto pelas família de Candê (Vera Holtz), tem a CEAGESP (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo) como cenário. Uma parte dos maiores centros atacadistas de hortifrutigranjeiros, carnes, aves e flores do mundo foi reproduzida na cidade cenográfica. A estrutura do espaço, que é um grande galpão, é de ferro e madeira e possui 2.411 metros quadrados. “Colocar a nossa CEAGESP de pé foi trabalhoso porque o espaço original é monumental e tínhamos que reproduzir essa grandiosidade para o telespectador”, afirma Fernando.
Mais uma das construções encontradas na cidade cenográfica é uma versão reduzida do bairro paulista do Tatuapé. Com 2.897 metros quadrados, ela ambienta parte do núcleo paulistano. O contraste entre as casas com ar de vila, o comércio local e a grande movimentação de transportes e pessoas, típicos de uma metrópole, foi traduzido para o cenário. “Depois de muita pesquisa e observação, acredito que conseguimos trazer os detalhes desse bairro com tantas histórias e particularidades para essa montagem”, observa Fernando.
A última área externa desenvolvida pela cenografia foi o orquidário da casa dos Gouveia, que possui uma extensão de 941 metros quadrados e é preenchido por orquídeas naturais e artificiais.
Saindo da cidade cenográfica, há ainda os 4.000 metros quadrados de cenários produzidos para estúdio, todos alinhados às características do texto de Silvio de Abreu.
A casa dos Gouveia e da matriarca Bete (Fernanda Montenegro) é sofisticada, mas tem um toque de leveza e aconchego trazido pela personalidade carioca da personagem. Já Saulo (Werner Schunemann), seu filho, é um homem ambicioso e arrogante e isso se traduz nos muitos objetos caros e, por vezes, impessoais da decoração, além das cores escuras predominantes. Alguns ambientes, como o spa, têm mais a ver com Stela (Maitê Proença), sua mulher. Eles são mais elegantes e têm um estilo clean. A decoração da Gouveia, empresa metalúrgica da família, é moderna, com bastante alumínio, e tem como base as cores carbono e branco e móveis de madeira escura. O destaque é uma escultura produzida com aros de bicicleta pela própria equipe de cenografia.
A mansão de Olavo (Francisco Cuoco) e Clô (Irene Ravache) reflete o jeito perua da dona da casa. Cores alegres, muita extravagância e ostentação. Já a empresa do rei do lixo reproduz sua preocupação ambiental. A decoração é composta por móveis que remetem à madeira certificada, pouco plástico e muitos acessórios feitos de material reciclado.
A casa de Candê (Vera Holtz) no Tatuapé é simples, aconchegante e alegre como a personagem, que é uma mulher forte e protetora. O apartamento de Diana (Carolina Dieckmann) e de sua amiga Cris (Gabriela Carneiro da Cunha ) é bem colorido, meio bagunçado e com acessórios de design original.
Produção de Arte
Muitas fotos e 12 livros sobre a Toscana foram as referências utilizadas por Ana Maria Magalhães e sua equipe para compor o ambiente do núcleo italiano. Para garantir o clima da região, algumas peças foram minuciosamente escolhidas na Itália e trazidas para o Brasil, como as cerâmicas e os arlequins, artigos de decoração típicos do país; as revistas de Firenze que serão reproduzidas com capas criadas pela produção de arte; e uma santa – uma Madonna - que fará parte do cenário da igreja. Os pequenos carros, também muito utilizados pelos italianos nas ruas e, na trama, pela família de Totó (Tony Ramos), também tiveram que ser arrumados, assim como a bicicleta motorizada utilizada pelos carteiros e, consequentemente, por Mimi, interpretado por Marcelo Médici no folhetim. Para este personagem, aliás, a produção de arte teve um cuidado especial com as cartas que ele guarda embaixo do colchão. Todas produzidas pela equipe, elas foram escritas uma a uma e depois envelhecidas. Os quadros da restauradora Agostina (Leandra Leal) também foram feitos na Central Globo de Produção. Mas a criatividade e a preocupação com o acabamento dos itens do cenário do núcleo italiano não pararam por aí. Como o inverno não é uma estação de colheita, foi necessário arrumar uma solução para compor o cenário do sítio dos Mattoli. “Como não estava na época da plantação, tive que mandar fazer quatro mil azeitonas cenográficas”, revela Ana.
Para a CEAGESP, a produtora de arte teve que mandar fazer 400 caixotes de verduras e legumes cenográficos como alface, couve, berinjela, chicória e agrião, 80 sacos de milho, além de 20 carrinhos.
O trabalho foi árduo também para dar vida ao universo esportivo de ‘Passione’. Foram criados mais de 50 nomes fictícios para as faixas que normalmente aparecem nas competições esportivas. Por ser uma empresa que produz bicicletas e patrocina Gerson (Marcello Antony) na Stock Car e Danilo (Cauã Reymond) e Sinval (Kayky Britto) no ciclismo, a produção de arte criou uma logomarca para a Metalúrgica Gouveia que remete a uma roda de bicicleta.
Outro núcleo que mereceu destaque no trabalho da produção de arte foi o do rei do lixo. Na casa do empresário poderão ser encontradas peças engraçadas de louça e muitos artigos de onça, desde malas até roupas de cama. “Tudo o que a gente vê de over, nós separamos ou compramos para este núcleo”, conta Ana. Já na Lear, a cultura da empresa, ou seja, a reciclagem, foi bem representada pela equipe nos artigos – papéis e pastas - usados no dia a dia do escritório.
Efeitos visuais e especiais
As equipes de efeitos visuais, liderada por Chico Lima e Toni Cid, vêm trabalhando muito para ajudar a contar a história de Passione da forma mais emocionante e realista possível.
Como o personagem Gerson (Marcello Antony) é piloto de Stock Car, estão sendo desenvolvidas soluções digitais para tornar a experiência da corrida mais dinâmica para o telespectador, com movimentos de câmera impossíveis de serem captados realmente.
Para isso, foram criados carros virtuais que são inseridos em cenas reais. Além do carro 3D, também está sendo utilizada a técnica de car replacement, pela qual se detecta o movimento de um carro real, revestindo-o digitalmente com uma carroceria virtual. A construção de uma versão digital do autódromo de Interlagos completa esse trabalho que, para ser desenvolvido, exigiu que a equipe tirasse mais de seis mil fotografias.
“O nosso maior desafio é conseguir soluções digitais de forma rápida como requer o ritmo de uma novela. Tudo isso sem perder o padrão de qualidade”, explica Chico.
O trabalho da equipe de efeitos visuais também poderá ser conferido nas cenas da CEAGESP e do Tatuapé, nas quais serão usados recursos de computação gráfica para inserir imagens reais em áreas pré-definidas dos cenários, dando a eles maior profundidade e movimentação.
O produtor de efeitos especiais Gilson Ferreira explica que está trabalhando em parceria com a equipe de efeitos visuais para ajudá-los a encontrar soluções de posicionamento de câmera para a captação de planos ousados da Stock Car e das competições de ciclismo, com inspiração no filme inglês O Escocês Voador.
A equipe de cenografia de Passione recebeu a missão de trazer a região italiana da Toscana - local em que a família Mattoli vive e onde ocorre parte fundamental da história - para dentro da Central Globo de Produção. O grande desafio foi recriar a atmosfera bucólica do lugar. Para isso, o time formado por 15 profissionais, liderados pelos cenógrafos May Martins e Fernando Schmidt, optou por reunir elementos das comunas (cidades, vilarejos) de San Quirico, San Gimignano, Monteriggioni, Montalcino e Siena. “Nós queríamos representar o microcosmos complexo que é a Toscana e não só pegar uma fatia local e replicar”, explica May.
O resultado do trabalho da equipe, que pesquisou durante seis meses, fez três viagens à Itália e tirou mais de seis mil fotos, foi uma área construída de 1.480 metros quadrados. Essa área é composta por praças, ruas, casas e lojas fictícias tipicamente toscanas. Tendo como cores predominantes o vinho, proveniente das uvas, o verde, das oliveiras, o amarelo, dos girassóis, e os vários tons de terra, a cidade cenográfica tem um estilo rústico. Nas texturas, muita madeira e pedra, assim como nas paisagens originais.
Outro núcleo importante da trama, composto pelas família de Candê (Vera Holtz), tem a CEAGESP (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo) como cenário. Uma parte dos maiores centros atacadistas de hortifrutigranjeiros, carnes, aves e flores do mundo foi reproduzida na cidade cenográfica. A estrutura do espaço, que é um grande galpão, é de ferro e madeira e possui 2.411 metros quadrados. “Colocar a nossa CEAGESP de pé foi trabalhoso porque o espaço original é monumental e tínhamos que reproduzir essa grandiosidade para o telespectador”, afirma Fernando.
Mais uma das construções encontradas na cidade cenográfica é uma versão reduzida do bairro paulista do Tatuapé. Com 2.897 metros quadrados, ela ambienta parte do núcleo paulistano. O contraste entre as casas com ar de vila, o comércio local e a grande movimentação de transportes e pessoas, típicos de uma metrópole, foi traduzido para o cenário. “Depois de muita pesquisa e observação, acredito que conseguimos trazer os detalhes desse bairro com tantas histórias e particularidades para essa montagem”, observa Fernando.
A última área externa desenvolvida pela cenografia foi o orquidário da casa dos Gouveia, que possui uma extensão de 941 metros quadrados e é preenchido por orquídeas naturais e artificiais.
Saindo da cidade cenográfica, há ainda os 4.000 metros quadrados de cenários produzidos para estúdio, todos alinhados às características do texto de Silvio de Abreu.
A casa dos Gouveia e da matriarca Bete (Fernanda Montenegro) é sofisticada, mas tem um toque de leveza e aconchego trazido pela personalidade carioca da personagem. Já Saulo (Werner Schunemann), seu filho, é um homem ambicioso e arrogante e isso se traduz nos muitos objetos caros e, por vezes, impessoais da decoração, além das cores escuras predominantes. Alguns ambientes, como o spa, têm mais a ver com Stela (Maitê Proença), sua mulher. Eles são mais elegantes e têm um estilo clean. A decoração da Gouveia, empresa metalúrgica da família, é moderna, com bastante alumínio, e tem como base as cores carbono e branco e móveis de madeira escura. O destaque é uma escultura produzida com aros de bicicleta pela própria equipe de cenografia.
A mansão de Olavo (Francisco Cuoco) e Clô (Irene Ravache) reflete o jeito perua da dona da casa. Cores alegres, muita extravagância e ostentação. Já a empresa do rei do lixo reproduz sua preocupação ambiental. A decoração é composta por móveis que remetem à madeira certificada, pouco plástico e muitos acessórios feitos de material reciclado.
A casa de Candê (Vera Holtz) no Tatuapé é simples, aconchegante e alegre como a personagem, que é uma mulher forte e protetora. O apartamento de Diana (Carolina Dieckmann) e de sua amiga Cris (Gabriela Carneiro da Cunha ) é bem colorido, meio bagunçado e com acessórios de design original.
Produção de Arte
Muitas fotos e 12 livros sobre a Toscana foram as referências utilizadas por Ana Maria Magalhães e sua equipe para compor o ambiente do núcleo italiano. Para garantir o clima da região, algumas peças foram minuciosamente escolhidas na Itália e trazidas para o Brasil, como as cerâmicas e os arlequins, artigos de decoração típicos do país; as revistas de Firenze que serão reproduzidas com capas criadas pela produção de arte; e uma santa – uma Madonna - que fará parte do cenário da igreja. Os pequenos carros, também muito utilizados pelos italianos nas ruas e, na trama, pela família de Totó (Tony Ramos), também tiveram que ser arrumados, assim como a bicicleta motorizada utilizada pelos carteiros e, consequentemente, por Mimi, interpretado por Marcelo Médici no folhetim. Para este personagem, aliás, a produção de arte teve um cuidado especial com as cartas que ele guarda embaixo do colchão. Todas produzidas pela equipe, elas foram escritas uma a uma e depois envelhecidas. Os quadros da restauradora Agostina (Leandra Leal) também foram feitos na Central Globo de Produção. Mas a criatividade e a preocupação com o acabamento dos itens do cenário do núcleo italiano não pararam por aí. Como o inverno não é uma estação de colheita, foi necessário arrumar uma solução para compor o cenário do sítio dos Mattoli. “Como não estava na época da plantação, tive que mandar fazer quatro mil azeitonas cenográficas”, revela Ana.
Para a CEAGESP, a produtora de arte teve que mandar fazer 400 caixotes de verduras e legumes cenográficos como alface, couve, berinjela, chicória e agrião, 80 sacos de milho, além de 20 carrinhos.
O trabalho foi árduo também para dar vida ao universo esportivo de ‘Passione’. Foram criados mais de 50 nomes fictícios para as faixas que normalmente aparecem nas competições esportivas. Por ser uma empresa que produz bicicletas e patrocina Gerson (Marcello Antony) na Stock Car e Danilo (Cauã Reymond) e Sinval (Kayky Britto) no ciclismo, a produção de arte criou uma logomarca para a Metalúrgica Gouveia que remete a uma roda de bicicleta.
Outro núcleo que mereceu destaque no trabalho da produção de arte foi o do rei do lixo. Na casa do empresário poderão ser encontradas peças engraçadas de louça e muitos artigos de onça, desde malas até roupas de cama. “Tudo o que a gente vê de over, nós separamos ou compramos para este núcleo”, conta Ana. Já na Lear, a cultura da empresa, ou seja, a reciclagem, foi bem representada pela equipe nos artigos – papéis e pastas - usados no dia a dia do escritório.
Efeitos visuais e especiais
As equipes de efeitos visuais, liderada por Chico Lima e Toni Cid, vêm trabalhando muito para ajudar a contar a história de Passione da forma mais emocionante e realista possível.
Como o personagem Gerson (Marcello Antony) é piloto de Stock Car, estão sendo desenvolvidas soluções digitais para tornar a experiência da corrida mais dinâmica para o telespectador, com movimentos de câmera impossíveis de serem captados realmente.
Para isso, foram criados carros virtuais que são inseridos em cenas reais. Além do carro 3D, também está sendo utilizada a técnica de car replacement, pela qual se detecta o movimento de um carro real, revestindo-o digitalmente com uma carroceria virtual. A construção de uma versão digital do autódromo de Interlagos completa esse trabalho que, para ser desenvolvido, exigiu que a equipe tirasse mais de seis mil fotografias.
“O nosso maior desafio é conseguir soluções digitais de forma rápida como requer o ritmo de uma novela. Tudo isso sem perder o padrão de qualidade”, explica Chico.
O trabalho da equipe de efeitos visuais também poderá ser conferido nas cenas da CEAGESP e do Tatuapé, nas quais serão usados recursos de computação gráfica para inserir imagens reais em áreas pré-definidas dos cenários, dando a eles maior profundidade e movimentação.
O produtor de efeitos especiais Gilson Ferreira explica que está trabalhando em parceria com a equipe de efeitos visuais para ajudá-los a encontrar soluções de posicionamento de câmera para a captação de planos ousados da Stock Car e das competições de ciclismo, com inspiração no filme inglês O Escocês Voador.
Personagens de Passione
FAMÍLIA GOUVEIA
Bete Gouveia (Fernanda Montenegro) – Rica, elegante, de ótimo caráter, justa, boa mãe e esposa. Uma matriarca de fibra, firme e decidida que, depois de viúva, para defender as empresas e manter a família unida, toma as rédeas de uma indústria na qual tinha deixado de atuar por mais de 40 anos. É mãe de Saulo (Werner Schunemman), Gerson (Marcello Antony) e Melina (Mayana Moura).
Eugênio Gouveia (Mauro Mendonça – participação especial) – Marido de Bete e pai de Saulo (Werner Schunemman), Gerson (Marcello Antony) e Melina (Mayana Moura). Presidente da Metalúrgica Gouveia, antes de morrer, revela um segredo à esposa que dá início à trama.
Saulo Gouveia (Werner Schunemman) – Primogênito de Bete, Saulo é diretor da Metalúrgica Gouveia. Medíocre, invejoso e articulador, seu maior desejo é a presidência da indústria que lhe foi negada na morte do pai. É casado com Stela (Maitê Proença) e pai de Danilo (Cauã Reymond), Lorena (Tammy Di Calafiori) e Sinval (Kayky Brito).
Stela Gouveia (Maitê Proença) – Bonita, fina, elegante e sensual. É casada com Saulo, mas infeliz no casamento. Por isso, usa uma válvula de escape para sua sensualidade, sem nunca deixar de ser ótima dona de casa e mãe atenta e presente. Que o digam seus filhos: Danilo (Cauã Reymond), Lorena (Tammy Di Calafiori) e Sinval (Kayky Brito).
Danilo Gouveia ou Dan (Cauã Reymond) - Filho de Saulo e Stela. Jovem, esportista, corre no time de ciclistas da Metalúrgica Gouveia. Identifica-se e admira muito mais o tio Gerson (Marcello Antony) do que o pai, a quem não respeita e enfrenta.
Lorena Gouveia ou Lô (Tammy Di Calafiori) – Filha de Saulo e Stela. É uma menina linda, feliz e super na moda.
Sinval Gouveia (Kayky Brito) – Filho mais novo de Saulo e Stela. Assim como Danilo, é jovem, esportista e faz parte do time de ciclistas da Metalúrgica Gouveia. Ele disputa toda a atenção de Gerson (Marcello Antony), o tio herói, e de toda a família com o irmão mais velho. Não se identifica com o pai, mas tem pena dele.
Gerson Gouveia (Marcello Antony) – Esportista, campeão famoso de corridas Stock Car, também trabalha na Metalúrgica Gouveia e é quase um símbolo da Magrela, a bicicleta mais vendida do país, e também o carro-chefe da indústria. Organiza promoções, campeonatos e disputas para a garotada. Sem filhos e sem gostar de responsabilidade, Gerson nunca deixou de ser garotão. É o tio herói de Danilo e Sinval e o segundo filho de Bete.
Melina Gouveia (Mayana Moura) – Filha temporã de Bete. Bonita, moderna, original, fashion e também voluntariosa e decidida. É a estilista dos produtos derivados para ciclistas na Skinny-Fashion e também cria suas próprias roupas. É perdidamente apaixonada por Mauro (Rodrigo Lombardi), filho do chofer da casa, que, além de não levá-la a sério, tem por ela um sentimento fraternal e a vê ainda como uma menina rebelde, divertida e meio desmiolada.
Brígida Gouveia (Cleyde Yáconis) – Sogra de Bete. Vigorosa e ativa, apesar da idade que não aparenta, implica com a nora em tudo. É uma figura forte e imponente na família, mas divertida em seu mau humor e idiossincrasias.
Antero Gouveia (Leonardo Villar) – Sogro de Bete e marido de Brígida. De importante família paulistana, é meio baqueado pela idade, mas ainda imponente. Vive como se estivesse nos anos quarenta e pudesse gastar o que quisesse. É um grande companheiro da esposa e, apesar de temperamentos opostos, os dois preservam a união e muitos anos com carinho, brigas, ciúmes, mágoas antigas, acusações e amor.
Mauro Santarém (Rodrigo Lombardi) – Filho do chofer da casa, porém, criado como se fosse da família. Bonito, elegante, equilibrado e com grande talento para os negócios, é o braço direito do marido de Bete e se torna o principal assessor da matriarca quando ela fica viúva. Sabe do amor apaixonado que Melina dedica a ele, mas só consegue vê-la como uma irmã mais nova. Prefere levá-la na brincadeira e estar sempre por perto para defendê-la das encrencas em que se mete. É apaixonado por Diana (Carolina Dieckmann), mas por ser ético, honesto e grato é capaz de abrir mão de seu amor ou até de sua liberdade para proteger os membros da família onde foi criado e lhe deu oportunidades na vida.
Diógenes Santarém (Elias Gleizer) – Chofer dos Gouveia há muitos anos. Viúvo, pai de Mauro, criou o filho na casa dos patrões. É muito querido pela família e tem uma relação de amizade distante e educada com Brígida e com Antero, a quem respeita, mas critica com humor. A visão deles com relação à vida e às pessoas são diametralmente opostas. Cada um raciocina de acordo com a classe a qual pertence e, evidentemente, só divergem.
Diana Gouveia (Carolina Dieckmann) – Estudante de pós-graduação de jornalismo. Bonita, suave e elegante, se envolve com Mauro logo no início da trama, mas desperta também o amor de Gerson.
Clara Medeiros (Mariana Ximenes) – Cara de anjo, alma de demônio. Quando lhe interessa, aparenta amizade e desvelo, mas é uma mulher mentirosa, sem escrúpulos, que só quer tirar proveito das situações. Não tem respeito humano e é incapaz de amar alguém a não ser a si mesma. Linda, altiva, consegue enganar a quem quiser. É vulgar e sem nenhum pudor quando deixa de representar seu personagem predileto de boa moça. Trabalha como enfermeira do marido de Bete e será a única a escutar a revelação que o empresário faz à esposa antes de morrer. É neta de Valentina (Daisy Lúcidi), quem não suporta, e irmã por parte de mãe de Kelly (Carol Macedo), a única pessoa com quem parece ter um vínculo de afeição.
FAMÍLIA MATTOLI
Antonio Mattoli ou Totó (Tony Ramos) – Típico italiano popular, apesar de ter nascido no Brasil. Foi criado e mora em terras da Toscana, na Itália, sem saber que é filho de brasileiros. Quando este segredo é revelado, já não esperava mais nenhuma surpresa em sua vida pacata, que é virada de cabeça para baixo. Viúvo, apaixona-se louca e perdidamente por Clara, uma garota ordinária, mau-caráter, mais nova que sua filha, mas que ele vê como um anjo. Totó é um homem do campo na Toscana, pai de Adamo (Germano Pereira), Agostina (Leandra Leal), Agnello (Daniel de Oliveira) e Alfredo (Miguel Roncato), irmão de Gemma (Aracy Balabanian) e avô de Dino (Edoardo Dell’ Aversana).
Gemma Mattoli (Aracy Balabanian) – Irmã de Totó, Gemma, assim como o irmão, é brasileira de nascimento e italiana de coração. Sincera, amiga e cheia de amor, criou Totó e cuida dele e de toda família com tanto amor e desvelo que se esquece de sua própria vida. Mulher forte e suave chega a ser cômica em sua dramaticidade mediterrânea, às vezes exagerada.
Adamo Mattoli (Germano Pereira) – Primogênito de Totó, melhor amigo do pai e companheiro de trabalho. Tem medo de tomar as rédeas dos negócios do sítio, mas em um determinado momento é obrigado a fazê-lo. É protetor da família, mas menos esperto do que Agnello (Daniel de Oliveira), seu irmão mais novo.
Agostina Mattoli (Leandra Leal) – Única filha de Totó. Casada, foi seduzida e abandonada por Berilo (Bruno Gagliasso), seu marido, que veio para o Brasil em busca de uma vida melhor, mas nunca mais voltou e nem dá notícias. Agostina é também mãe de um garotinho, Dino (Edoardo Dell’Aversana) e trabalha como restauradora em Igrejas da cidade onde mora.
Agnello Mattoli (Daniel de Oliveira) – O segundo filho de Totó é bonitão, jovem e com a cabeça cheia de sonhos. Vive se metendo em encrenca porque quer sair da cidade onde moram e ganhar o mundo. Para isso, trabalha como guia turístico na tentativa de conseguir uma grana ou convite para ir embora do país.
Alfredo Mattoli (Miguel Roncato) – Filho caçula de Totó. É meio triste e melancólico porque sua mãe morreu para que ele nascesse, ou assim ele pensa. Totó e Gemma fazem o possível para tirarem essa ideia da cabeça dele.
Dino Mattoli (Edoardo Dell’Aversana) – Filho de Agostina e de Berilo (Bruno Gagliasso), netinho de Totó e xodó de Gemma.
Mimi (Marcelo Médici) – Carteiro da cidade. Tipo popular e típico de cidade italiana pequena. Apaixonado por Agostina intercepta a correspondência que ela pensa manter com seu marido no Brasil.
Nonno Benedetto (Emiliano Queiroz) – Avô de Mimi, completamente esclerosado que solicita o neto o tempo todo. Tem grandes ausências de memória e se perde pela cidade.
FAMÍLIA DO REI DO LIXO
Olavo da Silva (Francisco Cuoco) – Ainda bonitão e galã, é um rico emergente. Figura popular e simpática, não liga para convenções sociais, nem está interessado em agradar ninguém. Para ele dinheiro é liberdade e conforto, sem obrigações sociais. É autêntico e seguro no que faz. É chamado de Rei do Lixo porque comanda um império de lixo reciclável que é um exemplo de aproveitamento de detritos para todo o mundo. Preocupado com a ecologia, mas também com fazer sempre mais dinheiro. Adora a mulher com quem está casado e, apesar da sua idade, ainda tem uma intensa vida sexual com ela.
Clô Souza e Silva, ou melhor, Clotilde Souza (Irene Ravache) – Bonitona, enxuta e bem-cuidada, Clô é esposa de Olavo e detesta ser chamada de a Rainha do Lixo. Típica emergente que quer melhorar de nível e frequentar o ambiente das socialites mais bem-relacionadas que costuma ver nas revistas. É o oposto do marido, mas se dão muito bem. O maior ponto de discórdia deles é o bairro popular onde moram. Os dois mantém o fogo sempre aceso. Discrição não é com ela. Veste roupas das melhores lojas, sempre num tom a mais do que deveria. É divertida, falante e boa praça.
Tio Fortunato (Flavio Migliaccio) – Um senhor de espírito jovem, descolado, que não liga para muitas pompas. O tio Fortunato é o irmão do já falecido pai do Olavo. Vai viver entrando em conflito com a Clô, mulher de Olavo, que adora parecer uma pessoa chique.
Jéssica da Silva Rondelli (Gabriela Duarte) – Filha única de Olavo e enteada de Clô. Voluntariosa e rebelde, sempre faz o que quer. Ficou grávida e se casou às pressas com Berilo (Bruno Gagliasso), um italiano que conheceu no cinema e que adora. Vive dizendo que vai morar na Itália, mas o marido entra pânico só de pensar que poderá encontrar com a esposa italiana que abandonou no país.
Berilo Rondelli (Bruno Gagliasso) – É bonitão, safadinho, ainda bico doce e meio indolente. É bígamo - marido de Agostina na Itália e de Jéssica no Brasil, sem que nenhuma saiba da outra. É também pai dos filhos das duas. Vive às turras com o sogro brasileiro, Olavo, que o detesta. Mas isso não é novidade para ele porque o sogro italiano, Totó, também não vai com a cara dele.
Olavinho da Silva Rondelli – Filho de Jéssica e Berilo e paixão do avô Olavo que adora paparicar o menino.
Jaqueline Mourão ou Jackie (Alexandra Richter) – Fina, educada e esnobe, Jackie é secretária da firma de reciclagem. Sempre foi apaixonada por Olavo e jurou acabar com o casamento dele com Clô, afinal, onde já se viu escolher a outra secretária para se casar em vez dela que, além de tudo, é muito mais moça que a perua!!!! Se faz de amiga e conselheira de Clô, ao mesmo tempo em que, pelas costas, faz até o impossível para perturbar o sossego da outra.
FAMÍLIA LOBATO DA CEAGESP
Maria Candelária Lobato (Vera Holtz), Candê – Mulher de fibra, trabalhadora, bom-caráter, despachada e divertida. Viúva e mãe de três filhos mais diferentes do que água e vinho, trabalha como vendedora de verduras e legumes no CEAGESP.
Felícia Lobato (Larissa Maciel) – Filha mais velha de Candê. Sem objetivo ou motivação para fazer o que quer que seja, é completamente diferente de Fred (Reynaldo Gianecchini), seu irmão que é ambicioso e ativo. O sonho da mãe é que ela se case porque tem medo de morrer e deixar a filha sem nenhum rumo na vida.
Fred Lobato (Reynaldo Gianecchini) – Filho de Candê, tem um sorriso largo e amigo, porém, é ordinário e sem escrúpulos. Usa os mesmos métodos e as mesmas safadezas que sua cúmplice Clara. Juntos, armam todas as maldades da novela e, separados, são piores ainda. Cínico, frio, calculista, com um ar cativante e sereno, que faz todos pensarem que é um cara muito leal e amigo. Vai sair da miséria em que nasceu a qualquer custo, fazendo o que tiver que ser feito, passando por cima de quem quer que seja. Como Clara, só ama a si mesmo. Egoísta e perigoso, capaz das maiores atrocidades, revoltado e vingativo, mas irresistivelmente bonito e charmoso.
Fátima Lobato (Bianca Bin) – Filha mais nova de Candê, Fátima é bonita, sonhadora e meio rebelde. Adora acompanhar as competições de bike e se apaixona por Danilo, o grande campeão. Em nome dessa paixão, vive aprontando poucas e boas, o que deixa a sua mãe enfurecida.
Valentina Miranda (Daisy Lúcidi) – Viúva e amiga de Candê, faz compras na CEAGESP para as refeições que prepara em sua pensão que tem no Tatuapé. Mulher de passado e moral muito duvidosos, mas que parece boa pessoa. É avó de Kelly (Carolina Macedo) e Clara, com quem tem uma relação de conflito.
Kelly Miranda (Carol Macedo) – Irmã por parte de mãe de Clara e neta de Valentina. Garotinha bonita, meio tímida e assustada.
OUTROS PERSONAGENS
Myrna (Kate Lyra) – Secretária da Metalúrgica Gouveia, Myrna vai trabalhar para Eugênio e posteriormente para a mulher dele, Bete.
Noronha (Rodrigo dos Santos) – Advogado da Metalúrgica e de Saulo.
Arthurzinho (Julio Andrade) – Mordomo da família de Saulo. Grande confidente, incentivador e companheiro de Stela. Trabalha para a família e enche a patroa de mimos e elogios.
Cris (Gabriela Carneiro da Cunha) – Amiga de faculdade de Diana, Cris está sempre disposta a ajudá-la. As duas dividem um apartamento.
Chulepa (Gabriel Wainer) – Amigo de Danilo e de Sinval, ajuda os dois nos treinos para os campeonatos de ciclismo, de quebra tenta conquistar a irmã deles , Lorena. É amigo também de Diana e Cris na faculdade.
Lurdinha (Simone Gutierrez) – Secretária da LEAR, empresa de reciclagem de lixo de Olavo.
Cridinho (Andre Frambach) – Um menino solitário e gente boa que ajuda Valentina e Candê no CEAGESP e a quem ela trata com muito carinho. Cridinho é também amigo de Fátima e Kelly.
Bete Gouveia (Fernanda Montenegro) – Rica, elegante, de ótimo caráter, justa, boa mãe e esposa. Uma matriarca de fibra, firme e decidida que, depois de viúva, para defender as empresas e manter a família unida, toma as rédeas de uma indústria na qual tinha deixado de atuar por mais de 40 anos. É mãe de Saulo (Werner Schunemman), Gerson (Marcello Antony) e Melina (Mayana Moura).
Eugênio Gouveia (Mauro Mendonça – participação especial) – Marido de Bete e pai de Saulo (Werner Schunemman), Gerson (Marcello Antony) e Melina (Mayana Moura). Presidente da Metalúrgica Gouveia, antes de morrer, revela um segredo à esposa que dá início à trama.
Saulo Gouveia (Werner Schunemman) – Primogênito de Bete, Saulo é diretor da Metalúrgica Gouveia. Medíocre, invejoso e articulador, seu maior desejo é a presidência da indústria que lhe foi negada na morte do pai. É casado com Stela (Maitê Proença) e pai de Danilo (Cauã Reymond), Lorena (Tammy Di Calafiori) e Sinval (Kayky Brito).
Stela Gouveia (Maitê Proença) – Bonita, fina, elegante e sensual. É casada com Saulo, mas infeliz no casamento. Por isso, usa uma válvula de escape para sua sensualidade, sem nunca deixar de ser ótima dona de casa e mãe atenta e presente. Que o digam seus filhos: Danilo (Cauã Reymond), Lorena (Tammy Di Calafiori) e Sinval (Kayky Brito).
Danilo Gouveia ou Dan (Cauã Reymond) - Filho de Saulo e Stela. Jovem, esportista, corre no time de ciclistas da Metalúrgica Gouveia. Identifica-se e admira muito mais o tio Gerson (Marcello Antony) do que o pai, a quem não respeita e enfrenta.
Lorena Gouveia ou Lô (Tammy Di Calafiori) – Filha de Saulo e Stela. É uma menina linda, feliz e super na moda.
Sinval Gouveia (Kayky Brito) – Filho mais novo de Saulo e Stela. Assim como Danilo, é jovem, esportista e faz parte do time de ciclistas da Metalúrgica Gouveia. Ele disputa toda a atenção de Gerson (Marcello Antony), o tio herói, e de toda a família com o irmão mais velho. Não se identifica com o pai, mas tem pena dele.
Gerson Gouveia (Marcello Antony) – Esportista, campeão famoso de corridas Stock Car, também trabalha na Metalúrgica Gouveia e é quase um símbolo da Magrela, a bicicleta mais vendida do país, e também o carro-chefe da indústria. Organiza promoções, campeonatos e disputas para a garotada. Sem filhos e sem gostar de responsabilidade, Gerson nunca deixou de ser garotão. É o tio herói de Danilo e Sinval e o segundo filho de Bete.
Melina Gouveia (Mayana Moura) – Filha temporã de Bete. Bonita, moderna, original, fashion e também voluntariosa e decidida. É a estilista dos produtos derivados para ciclistas na Skinny-Fashion e também cria suas próprias roupas. É perdidamente apaixonada por Mauro (Rodrigo Lombardi), filho do chofer da casa, que, além de não levá-la a sério, tem por ela um sentimento fraternal e a vê ainda como uma menina rebelde, divertida e meio desmiolada.
Brígida Gouveia (Cleyde Yáconis) – Sogra de Bete. Vigorosa e ativa, apesar da idade que não aparenta, implica com a nora em tudo. É uma figura forte e imponente na família, mas divertida em seu mau humor e idiossincrasias.
Antero Gouveia (Leonardo Villar) – Sogro de Bete e marido de Brígida. De importante família paulistana, é meio baqueado pela idade, mas ainda imponente. Vive como se estivesse nos anos quarenta e pudesse gastar o que quisesse. É um grande companheiro da esposa e, apesar de temperamentos opostos, os dois preservam a união e muitos anos com carinho, brigas, ciúmes, mágoas antigas, acusações e amor.
Mauro Santarém (Rodrigo Lombardi) – Filho do chofer da casa, porém, criado como se fosse da família. Bonito, elegante, equilibrado e com grande talento para os negócios, é o braço direito do marido de Bete e se torna o principal assessor da matriarca quando ela fica viúva. Sabe do amor apaixonado que Melina dedica a ele, mas só consegue vê-la como uma irmã mais nova. Prefere levá-la na brincadeira e estar sempre por perto para defendê-la das encrencas em que se mete. É apaixonado por Diana (Carolina Dieckmann), mas por ser ético, honesto e grato é capaz de abrir mão de seu amor ou até de sua liberdade para proteger os membros da família onde foi criado e lhe deu oportunidades na vida.
Diógenes Santarém (Elias Gleizer) – Chofer dos Gouveia há muitos anos. Viúvo, pai de Mauro, criou o filho na casa dos patrões. É muito querido pela família e tem uma relação de amizade distante e educada com Brígida e com Antero, a quem respeita, mas critica com humor. A visão deles com relação à vida e às pessoas são diametralmente opostas. Cada um raciocina de acordo com a classe a qual pertence e, evidentemente, só divergem.
Diana Gouveia (Carolina Dieckmann) – Estudante de pós-graduação de jornalismo. Bonita, suave e elegante, se envolve com Mauro logo no início da trama, mas desperta também o amor de Gerson.
Clara Medeiros (Mariana Ximenes) – Cara de anjo, alma de demônio. Quando lhe interessa, aparenta amizade e desvelo, mas é uma mulher mentirosa, sem escrúpulos, que só quer tirar proveito das situações. Não tem respeito humano e é incapaz de amar alguém a não ser a si mesma. Linda, altiva, consegue enganar a quem quiser. É vulgar e sem nenhum pudor quando deixa de representar seu personagem predileto de boa moça. Trabalha como enfermeira do marido de Bete e será a única a escutar a revelação que o empresário faz à esposa antes de morrer. É neta de Valentina (Daisy Lúcidi), quem não suporta, e irmã por parte de mãe de Kelly (Carol Macedo), a única pessoa com quem parece ter um vínculo de afeição.
FAMÍLIA MATTOLI
Antonio Mattoli ou Totó (Tony Ramos) – Típico italiano popular, apesar de ter nascido no Brasil. Foi criado e mora em terras da Toscana, na Itália, sem saber que é filho de brasileiros. Quando este segredo é revelado, já não esperava mais nenhuma surpresa em sua vida pacata, que é virada de cabeça para baixo. Viúvo, apaixona-se louca e perdidamente por Clara, uma garota ordinária, mau-caráter, mais nova que sua filha, mas que ele vê como um anjo. Totó é um homem do campo na Toscana, pai de Adamo (Germano Pereira), Agostina (Leandra Leal), Agnello (Daniel de Oliveira) e Alfredo (Miguel Roncato), irmão de Gemma (Aracy Balabanian) e avô de Dino (Edoardo Dell’ Aversana).
Gemma Mattoli (Aracy Balabanian) – Irmã de Totó, Gemma, assim como o irmão, é brasileira de nascimento e italiana de coração. Sincera, amiga e cheia de amor, criou Totó e cuida dele e de toda família com tanto amor e desvelo que se esquece de sua própria vida. Mulher forte e suave chega a ser cômica em sua dramaticidade mediterrânea, às vezes exagerada.
Adamo Mattoli (Germano Pereira) – Primogênito de Totó, melhor amigo do pai e companheiro de trabalho. Tem medo de tomar as rédeas dos negócios do sítio, mas em um determinado momento é obrigado a fazê-lo. É protetor da família, mas menos esperto do que Agnello (Daniel de Oliveira), seu irmão mais novo.
Agostina Mattoli (Leandra Leal) – Única filha de Totó. Casada, foi seduzida e abandonada por Berilo (Bruno Gagliasso), seu marido, que veio para o Brasil em busca de uma vida melhor, mas nunca mais voltou e nem dá notícias. Agostina é também mãe de um garotinho, Dino (Edoardo Dell’Aversana) e trabalha como restauradora em Igrejas da cidade onde mora.
Agnello Mattoli (Daniel de Oliveira) – O segundo filho de Totó é bonitão, jovem e com a cabeça cheia de sonhos. Vive se metendo em encrenca porque quer sair da cidade onde moram e ganhar o mundo. Para isso, trabalha como guia turístico na tentativa de conseguir uma grana ou convite para ir embora do país.
Alfredo Mattoli (Miguel Roncato) – Filho caçula de Totó. É meio triste e melancólico porque sua mãe morreu para que ele nascesse, ou assim ele pensa. Totó e Gemma fazem o possível para tirarem essa ideia da cabeça dele.
Dino Mattoli (Edoardo Dell’Aversana) – Filho de Agostina e de Berilo (Bruno Gagliasso), netinho de Totó e xodó de Gemma.
Mimi (Marcelo Médici) – Carteiro da cidade. Tipo popular e típico de cidade italiana pequena. Apaixonado por Agostina intercepta a correspondência que ela pensa manter com seu marido no Brasil.
Nonno Benedetto (Emiliano Queiroz) – Avô de Mimi, completamente esclerosado que solicita o neto o tempo todo. Tem grandes ausências de memória e se perde pela cidade.
FAMÍLIA DO REI DO LIXO
Olavo da Silva (Francisco Cuoco) – Ainda bonitão e galã, é um rico emergente. Figura popular e simpática, não liga para convenções sociais, nem está interessado em agradar ninguém. Para ele dinheiro é liberdade e conforto, sem obrigações sociais. É autêntico e seguro no que faz. É chamado de Rei do Lixo porque comanda um império de lixo reciclável que é um exemplo de aproveitamento de detritos para todo o mundo. Preocupado com a ecologia, mas também com fazer sempre mais dinheiro. Adora a mulher com quem está casado e, apesar da sua idade, ainda tem uma intensa vida sexual com ela.
Clô Souza e Silva, ou melhor, Clotilde Souza (Irene Ravache) – Bonitona, enxuta e bem-cuidada, Clô é esposa de Olavo e detesta ser chamada de a Rainha do Lixo. Típica emergente que quer melhorar de nível e frequentar o ambiente das socialites mais bem-relacionadas que costuma ver nas revistas. É o oposto do marido, mas se dão muito bem. O maior ponto de discórdia deles é o bairro popular onde moram. Os dois mantém o fogo sempre aceso. Discrição não é com ela. Veste roupas das melhores lojas, sempre num tom a mais do que deveria. É divertida, falante e boa praça.
Tio Fortunato (Flavio Migliaccio) – Um senhor de espírito jovem, descolado, que não liga para muitas pompas. O tio Fortunato é o irmão do já falecido pai do Olavo. Vai viver entrando em conflito com a Clô, mulher de Olavo, que adora parecer uma pessoa chique.
Jéssica da Silva Rondelli (Gabriela Duarte) – Filha única de Olavo e enteada de Clô. Voluntariosa e rebelde, sempre faz o que quer. Ficou grávida e se casou às pressas com Berilo (Bruno Gagliasso), um italiano que conheceu no cinema e que adora. Vive dizendo que vai morar na Itália, mas o marido entra pânico só de pensar que poderá encontrar com a esposa italiana que abandonou no país.
Berilo Rondelli (Bruno Gagliasso) – É bonitão, safadinho, ainda bico doce e meio indolente. É bígamo - marido de Agostina na Itália e de Jéssica no Brasil, sem que nenhuma saiba da outra. É também pai dos filhos das duas. Vive às turras com o sogro brasileiro, Olavo, que o detesta. Mas isso não é novidade para ele porque o sogro italiano, Totó, também não vai com a cara dele.
Olavinho da Silva Rondelli – Filho de Jéssica e Berilo e paixão do avô Olavo que adora paparicar o menino.
Jaqueline Mourão ou Jackie (Alexandra Richter) – Fina, educada e esnobe, Jackie é secretária da firma de reciclagem. Sempre foi apaixonada por Olavo e jurou acabar com o casamento dele com Clô, afinal, onde já se viu escolher a outra secretária para se casar em vez dela que, além de tudo, é muito mais moça que a perua!!!! Se faz de amiga e conselheira de Clô, ao mesmo tempo em que, pelas costas, faz até o impossível para perturbar o sossego da outra.
FAMÍLIA LOBATO DA CEAGESP
Maria Candelária Lobato (Vera Holtz), Candê – Mulher de fibra, trabalhadora, bom-caráter, despachada e divertida. Viúva e mãe de três filhos mais diferentes do que água e vinho, trabalha como vendedora de verduras e legumes no CEAGESP.
Felícia Lobato (Larissa Maciel) – Filha mais velha de Candê. Sem objetivo ou motivação para fazer o que quer que seja, é completamente diferente de Fred (Reynaldo Gianecchini), seu irmão que é ambicioso e ativo. O sonho da mãe é que ela se case porque tem medo de morrer e deixar a filha sem nenhum rumo na vida.
Fred Lobato (Reynaldo Gianecchini) – Filho de Candê, tem um sorriso largo e amigo, porém, é ordinário e sem escrúpulos. Usa os mesmos métodos e as mesmas safadezas que sua cúmplice Clara. Juntos, armam todas as maldades da novela e, separados, são piores ainda. Cínico, frio, calculista, com um ar cativante e sereno, que faz todos pensarem que é um cara muito leal e amigo. Vai sair da miséria em que nasceu a qualquer custo, fazendo o que tiver que ser feito, passando por cima de quem quer que seja. Como Clara, só ama a si mesmo. Egoísta e perigoso, capaz das maiores atrocidades, revoltado e vingativo, mas irresistivelmente bonito e charmoso.
Fátima Lobato (Bianca Bin) – Filha mais nova de Candê, Fátima é bonita, sonhadora e meio rebelde. Adora acompanhar as competições de bike e se apaixona por Danilo, o grande campeão. Em nome dessa paixão, vive aprontando poucas e boas, o que deixa a sua mãe enfurecida.
Valentina Miranda (Daisy Lúcidi) – Viúva e amiga de Candê, faz compras na CEAGESP para as refeições que prepara em sua pensão que tem no Tatuapé. Mulher de passado e moral muito duvidosos, mas que parece boa pessoa. É avó de Kelly (Carolina Macedo) e Clara, com quem tem uma relação de conflito.
Kelly Miranda (Carol Macedo) – Irmã por parte de mãe de Clara e neta de Valentina. Garotinha bonita, meio tímida e assustada.
OUTROS PERSONAGENS
Myrna (Kate Lyra) – Secretária da Metalúrgica Gouveia, Myrna vai trabalhar para Eugênio e posteriormente para a mulher dele, Bete.
Noronha (Rodrigo dos Santos) – Advogado da Metalúrgica e de Saulo.
Arthurzinho (Julio Andrade) – Mordomo da família de Saulo. Grande confidente, incentivador e companheiro de Stela. Trabalha para a família e enche a patroa de mimos e elogios.
Cris (Gabriela Carneiro da Cunha) – Amiga de faculdade de Diana, Cris está sempre disposta a ajudá-la. As duas dividem um apartamento.
Chulepa (Gabriel Wainer) – Amigo de Danilo e de Sinval, ajuda os dois nos treinos para os campeonatos de ciclismo, de quebra tenta conquistar a irmã deles , Lorena. É amigo também de Diana e Cris na faculdade.
Lurdinha (Simone Gutierrez) – Secretária da LEAR, empresa de reciclagem de lixo de Olavo.
Cridinho (Andre Frambach) – Um menino solitário e gente boa que ajuda Valentina e Candê no CEAGESP e a quem ela trata com muito carinho. Cridinho é também amigo de Fátima e Kelly.
História de Passione
Com estreia em 17 de maio, Passione é a nova novela das oito da TV Globo. A trama é ambientada em dois universos: na moderna e movimentada São Paulo e na Itália.
Escrita por Silvio de Abreu, com direção de núcleo de Denise Saraceni e direção-geral de Carlos Araújo e Luiz Henrique Rios, a história é cercada por emoção, mistério, ação e romance.
Paisagens deslumbrantes, que revelam histórias e paixões também recheiam Passsione. Pela terra, pela família, por outra pessoa, por um ideal, pelo dinheiro e por si mesmo. Há também paixões que nascem do mais puro e sincero amor, mas que não deixam de esconder segredos – que, revelados ou não, podem afetar a vida de diversas pessoas.
“Essa novela é uma junção de drama, comédia e suspense, gêneros que me interessam muito como autor. Ela não tem um mote. Eu diria que é uma trama envolvente porque tem um segredo que é revelado e que motiva uma grande história de amor e enganos”, revela o autor.
A saga de Bete e Eugênio
Elizabete (Fernanda Montenegro), quando conheceu Eugênio (Mauro Mendonça), estava envolvida com outro homem, de quem ficou grávida e por quem foi abandonada. Eugênio, porém, era louco por ela e aceitou se casar com Bete, mesmo sabendo que ela gerava o filho de outro. Casaram-se antes que a barriga denunciasse seu estado, contra a vontade de Brígida (Cleyde Yáconis) e Antero (Leonardo Villar), pais de Eugênio, que jamais suportaram a nora. Depois de casados, revelaram a gravidez e ele mentiu para todos sobre a paternidade da criança. Foi um gesto de extrema delicadeza e uma prova incontestável do amor que sentia por ela. Por isso, Bete, além da admiração, começou a ver o parceiro com mais carinho e acabou amando-o de verdade. Infelizmente, a criança, um menino, nasceu morta e foi enterrada no túmulo da família de Eugênio. Não se sabe se por causa da decepção com a perda do primeiro filho ou por algum problema físico, Elizabete só conseguiu engravidar anos depois.
Eugênio casou-se com Elizabete quando tinha apenas uma fabriqueta e, ao lado dela, com seu positivismo, incentivo e cooperação, a Metalúrgica Gouveia se transformou em uma potência. Seu principal produto é a Magrela, a bicicleta popular mais vendida no Brasil, e também uma linha de bikes mais sofisticada, a Skinny, que figura com orgulho entre as melhores do mundo em seus vários modelos, tamanhos e cores. A empresa, hoje, além de bater de longe seus concorrentes, produz também uma linha fitness, que domina o mercado. Foi Bete que, com grande faro comercial, colocou as bicicletas na mídia, fazendo todo jovem querer uma Magrela. Foi ela também quem insistiu para que entrassem no segmento fitness e aconselhou a adoção do nome Skinny, em busca de um público que corria para as bikes importadas. Porém, com o nascimento de Saulo (Werner Schunemann), muito a contragosto, ela abandonou os negócios e passou a se dedicar unicamente à família. Então, vieram Gerson (Marcello Antony) e Melina (Mayana Moura).
Saulo, Gerson e Melina foram criados como a maioria dos filhos de uma família de classe alta. Tiveram todos os seus desejos e caprichos atendidos e aprenderam muito pouco sobre responsabilidade. Estudaram nos melhores colégios e cursaram as faculdades que quiseram.
Toda família tem seus segredos...
Bete e Eugênio trabalharam, cresceram e criaram os filhos juntos e se amam e se respeitam mutuamente até hoje. Um dia, ao chegarem de um passeio no parque, Bete avisa à enfermeira particular Clara que Eugênio passou mal durante os exercícios. Eficiente e dócil, Clara faz Eugênio repousar pelo resto do dia. Ele, porém, volta a sentir uma pontada no coração e desaba. Bete, com a ajuda de Clara, chama o médico da família e o empresário, percebendo que não tem muito tempo de vida e com os olhos cheios de arrependimento, resolve que é hora de confessar um segredo que guardou por 55 anos e que, depois daquele dia, mudaria completamente a vida de Bete.
Era quase impossível para Bete acreditar no que Eugênio balbuciava em sua agonia. Seu primeiro filho não tinha morrido? Está vivendo na Itália? Onde? Quem tinha levado a criança? Como está esse filho agora? Casado? Com filhos e netos?
Eugênio implorou pelo perdão da esposa e explicou que não suportou a ideia de criar um filho dela com outro homem. Revelou ainda que o menino havia sido entregue a um casal de empregados italianos que trabalhara para eles, os quais, por uma boa quantia em dinheiro, aceitaram criá-lo na Itália, para onde queriam voltar. E, antes de dar seu último suspiro, assegurou que o futuro do filho dela estava garantido e que havia providenciado tudo para que nada faltasse a ele e a sua família.
Procurando no cofre particular do marido morto, encontrou documentos que esclareciam o que ele havia dito sobre o futuro garantido do filho de Bete. Certamente corroído pelo remorso de seu ato covarde, Eugênio recompensou o bastardo financeiramente. Em seu testamento lia-se que Antonio Mattoli (Tony Ramos), residente em Laurenza-in-Chianti, cidade da Toscana, Itália, deveria receber como herança 50% do patrimônio de Eugênio, o que incluía uma enorme porcentagem de ações da Metalúrgica. Tudo escrito e registrado em cartório, portanto, incontestável e absolutamente legal.
Bete se depara com mais um problema: quem seria a pessoa mais indicada para suceder Eugênio na presidência da Metalúrgica Gouveia?
Como a única pessoa que sabia do assunto era Clara, era com ela que Bete desabafava. Primeiro pensou em conseguir o telefone do filho, mas concluiu que o assunto era delicado demais para ser tratado à distância. Escrever também não lhe pareceu uma boa ideia. Sabia que era inevitável um encontro e ansiava ficar cara a cara com o filho desaparecido, que talvez nem tivesse conhecimento de sua existência. Também não poderia viajar antes da missa de sétimo dia sem levantar suspeita. Conhecia a sua família e temia abordar o assunto de maneira errada, pondo a perder um futuro entrosamento entre o filho que não conheceu e os que criou - ainda mais depois que Eugênio privilegiou o bastardo no testamento. Vulnerável, a matriarca aceitou a sugestão, voltou a pedir que ela mantivesse o segredo e as duas renovaram o pacto.
A enfermeira e o golpista
Foi quando o coração de Eugênio começou a fraquejar e ele foi internado às pressas no hospital pela primeira vez que Clara entrou na vida dos Gouveia. O médico aconselhou a família a contratar uma enfermeira para acompanhar o empresário e, no dia seguinte, ela se apresentou com um excelente currículo. Bete ligou para as pessoas que assinavam as cartas de recomendação e obteve ótimas referências. Depois de instalada na casa, Clara conquistou a todos. Porém, a verdadeira Clara é ambiciosa e faz um par ideal com Fred (Reynaldo Gianecchini), que compartilha da mesma característica. Os dois se conhecem desde criança: filhos de famílias vizinhas no Tatuapé, cresceram, cada um seguiu seu rumo, voltaram a se encontrar adolescentes em uma balada e nunca mais se separaram.
Assim, quando Clara contou a seu parceiro sobre a confissão que Eugênio fez antes de morrer, traçaram um plano na hora.
Fred devia ter mais ou menos 10 anos quando seu pai, operário da Metalúrgica Gouveia, sofreu um acidente na prensa da oficina, ficando sem uma das mãos. Quando foi exigir seus direitos, os advogados da fábrica conseguiram ludibriá-lo e, lesado e humilhado pela empresa, ficou sem sua indenização e acabou se suicidando. As últimas palavras que Fred ouviu de seu pai ainda repercutiam em sua mente: “O mundo é podre, meu filho. Nunca confie em ninguém e tire da vida, a qualquer custo, tudo o que ela não quiser te dar...”.
Quando Fred fica sabendo sobre o tal herdeiro desaparecido que vê sua grande chance de entrar na Metalúrgica pela porta da frente e tirar da família Gouveia muito mais do que o dinheiro que Eugênio deixou de dar a seu pai. Enxerga aí a oportunidade de fazer com que paguem por sua infância pobre e sem pai, por ter carregado muita caixa no mercado onde trabalha sua mãe Candê (Vera Holtz) e por não ter conseguido nada na vida a não ser acumular ódio e ressentimento.
O filho perdido
As informações que Bete conseguiu sobre o filho perdido estavam corretas. Realmente ele foi levado pelo casal Mattoli para Laurenza-in-Chianti, na Itália, em terras da Toscana. O que ela não sabe ainda é que lá ele cresceu, casou-se, ficou viúvo e é pai de quatro filhos – Adamo (Germano Pereira), Agostina (Leandra Leal), Agnello (Daniel de Oliveira) e Alfredo (Miguel Roncato). Antonio Mattoli (Tony Ramos), ou Totó, como é mais conhecido, é um homem do campo, um típico “contadino”, com coração e alma de italiano. Junto com sua irmã de criação, Gemma (Aracy Balabanian), comanda com braço de ferro a família. É um homem simples e muito popular na sua cidade: simpático, falastrão, contador de histórias, de sangue quente, dramático, vital e feliz. Ficou viúvo no nascimento de seu filho mais novo, Alfredo (Miguel Roncato), e, se não fosse seu anjo da guarda Gemma, não teria conseguido sobreviver à morte da esposa e nem terminado de criar os filhos.
A dinastia do lixo
Olavo da Silva (Francisco Cuoco) hoje está bem mais calmo, mas já foi o que se pode chamar de um verdadeiro garanhão. Teve todas as mulheres que quis e todas que quiseram estar com ele também. Com o passar dos anos, um pouco mais sossegado, ele casou-se, enviuvou e casou-se novamente com Clotilde, ou Clô (Irene Ravache), como gosta de ser chamada. Uma mulher um pouco mais nova do que ele, bonitona, vaidosíssima, bem cuidada e que de boba não tem nada. Como nenhuma outra que passou pela vida dele, sabe levá-lo para onde quer e ele, encantado, faz por ela o que nunca fez por mulher alguma. O segredo de Clô está entre as quatro paredes do quarto deles e ninguém, até hoje, conseguiu saber qual é.
Olavo também é um homem de visão e de sucesso. Depois de ter tentado vários negócios, acabou se interessando pela reciclagem do lixo. Estudou, pesquisou, se dedicou e hoje é milionário graças a todas as técnicas de preservação ambiental que introduziu no país. Sua empresa tem inúmeros depósitos de detritos recicláveis por todo o Brasil e já exporta tecnologia para o mundo. Por sua atividade e pelo sucesso que obteve, a imprensa costuma se referir a ele como o ‘rei do lixo’, o que deixa Clô irritadíssima. Ela quer tudo na vida, menos ser chamada de ‘rainha do lixo’ quando faz suas compras pela Oscar Freire. Acontece que Jaqueline, ou Jackie (Alexandra Richter), a fiel secretária e eterna apaixonada por Olavo, e que se diz amicíssima e conselheira de Clô para assuntos sociais, é quem passa informações e constrói maldades sobre ela nos jornais.
Como todo bom rei, Olavo tem um herdeiro, ou melhor, herdeira. Enteada de Clô, Jéssica é uma jovem voluntariosa que se apaixonou perdidamente por Berilo, um italiano com quem teve que se casar às pressas porque ficou grávida. A princípio, Olavo foi contra a união, mas teve que acabar aceitando diante das ameaças de Jéssica de fugir com o namorado para a Itália. Mas Berilo, toda vez que a ‘princesa do lixo’ levanta essa possibilidade, faz com que ela desista da ideia, afinal o italiano é nada mais, nada menos, que o “figlio di um cane, disgraziato” que abandonou Agostina, a filha de Totó, na Itália para se dar bem no Brasil.
Olavinho, assim batizado para agradar o avô, é a alegria de Olavo. Já Clô tem horror de que o menino venha a chamá-la de vovó. Outro problema de Clô é Fortunato (Flavio Migliaccio), tio de Olavo, que mora com eles. Apesar de encostado, é abusado e fala o que lhe vem na cabeça. É o carma de Olavo, que prometeu à sua mãe, no leito de morte, sempre cuidar dele. O rei do lixo, apesar de gostar muito de Fortunato, já o teria pelas costas, não fosse o pavor de mandá-lo embora e o fantasma da mãe aparecer para cobrar.
Escrita por Silvio de Abreu, com direção de núcleo de Denise Saraceni e direção-geral de Carlos Araújo e Luiz Henrique Rios, a história é cercada por emoção, mistério, ação e romance.
Paisagens deslumbrantes, que revelam histórias e paixões também recheiam Passsione. Pela terra, pela família, por outra pessoa, por um ideal, pelo dinheiro e por si mesmo. Há também paixões que nascem do mais puro e sincero amor, mas que não deixam de esconder segredos – que, revelados ou não, podem afetar a vida de diversas pessoas.
“Essa novela é uma junção de drama, comédia e suspense, gêneros que me interessam muito como autor. Ela não tem um mote. Eu diria que é uma trama envolvente porque tem um segredo que é revelado e que motiva uma grande história de amor e enganos”, revela o autor.
A saga de Bete e Eugênio
Elizabete (Fernanda Montenegro), quando conheceu Eugênio (Mauro Mendonça), estava envolvida com outro homem, de quem ficou grávida e por quem foi abandonada. Eugênio, porém, era louco por ela e aceitou se casar com Bete, mesmo sabendo que ela gerava o filho de outro. Casaram-se antes que a barriga denunciasse seu estado, contra a vontade de Brígida (Cleyde Yáconis) e Antero (Leonardo Villar), pais de Eugênio, que jamais suportaram a nora. Depois de casados, revelaram a gravidez e ele mentiu para todos sobre a paternidade da criança. Foi um gesto de extrema delicadeza e uma prova incontestável do amor que sentia por ela. Por isso, Bete, além da admiração, começou a ver o parceiro com mais carinho e acabou amando-o de verdade. Infelizmente, a criança, um menino, nasceu morta e foi enterrada no túmulo da família de Eugênio. Não se sabe se por causa da decepção com a perda do primeiro filho ou por algum problema físico, Elizabete só conseguiu engravidar anos depois.
Eugênio casou-se com Elizabete quando tinha apenas uma fabriqueta e, ao lado dela, com seu positivismo, incentivo e cooperação, a Metalúrgica Gouveia se transformou em uma potência. Seu principal produto é a Magrela, a bicicleta popular mais vendida no Brasil, e também uma linha de bikes mais sofisticada, a Skinny, que figura com orgulho entre as melhores do mundo em seus vários modelos, tamanhos e cores. A empresa, hoje, além de bater de longe seus concorrentes, produz também uma linha fitness, que domina o mercado. Foi Bete que, com grande faro comercial, colocou as bicicletas na mídia, fazendo todo jovem querer uma Magrela. Foi ela também quem insistiu para que entrassem no segmento fitness e aconselhou a adoção do nome Skinny, em busca de um público que corria para as bikes importadas. Porém, com o nascimento de Saulo (Werner Schunemann), muito a contragosto, ela abandonou os negócios e passou a se dedicar unicamente à família. Então, vieram Gerson (Marcello Antony) e Melina (Mayana Moura).
Saulo, Gerson e Melina foram criados como a maioria dos filhos de uma família de classe alta. Tiveram todos os seus desejos e caprichos atendidos e aprenderam muito pouco sobre responsabilidade. Estudaram nos melhores colégios e cursaram as faculdades que quiseram.
Toda família tem seus segredos...
Bete e Eugênio trabalharam, cresceram e criaram os filhos juntos e se amam e se respeitam mutuamente até hoje. Um dia, ao chegarem de um passeio no parque, Bete avisa à enfermeira particular Clara que Eugênio passou mal durante os exercícios. Eficiente e dócil, Clara faz Eugênio repousar pelo resto do dia. Ele, porém, volta a sentir uma pontada no coração e desaba. Bete, com a ajuda de Clara, chama o médico da família e o empresário, percebendo que não tem muito tempo de vida e com os olhos cheios de arrependimento, resolve que é hora de confessar um segredo que guardou por 55 anos e que, depois daquele dia, mudaria completamente a vida de Bete.
Era quase impossível para Bete acreditar no que Eugênio balbuciava em sua agonia. Seu primeiro filho não tinha morrido? Está vivendo na Itália? Onde? Quem tinha levado a criança? Como está esse filho agora? Casado? Com filhos e netos?
Eugênio implorou pelo perdão da esposa e explicou que não suportou a ideia de criar um filho dela com outro homem. Revelou ainda que o menino havia sido entregue a um casal de empregados italianos que trabalhara para eles, os quais, por uma boa quantia em dinheiro, aceitaram criá-lo na Itália, para onde queriam voltar. E, antes de dar seu último suspiro, assegurou que o futuro do filho dela estava garantido e que havia providenciado tudo para que nada faltasse a ele e a sua família.
Procurando no cofre particular do marido morto, encontrou documentos que esclareciam o que ele havia dito sobre o futuro garantido do filho de Bete. Certamente corroído pelo remorso de seu ato covarde, Eugênio recompensou o bastardo financeiramente. Em seu testamento lia-se que Antonio Mattoli (Tony Ramos), residente em Laurenza-in-Chianti, cidade da Toscana, Itália, deveria receber como herança 50% do patrimônio de Eugênio, o que incluía uma enorme porcentagem de ações da Metalúrgica. Tudo escrito e registrado em cartório, portanto, incontestável e absolutamente legal.
Bete se depara com mais um problema: quem seria a pessoa mais indicada para suceder Eugênio na presidência da Metalúrgica Gouveia?
Como a única pessoa que sabia do assunto era Clara, era com ela que Bete desabafava. Primeiro pensou em conseguir o telefone do filho, mas concluiu que o assunto era delicado demais para ser tratado à distância. Escrever também não lhe pareceu uma boa ideia. Sabia que era inevitável um encontro e ansiava ficar cara a cara com o filho desaparecido, que talvez nem tivesse conhecimento de sua existência. Também não poderia viajar antes da missa de sétimo dia sem levantar suspeita. Conhecia a sua família e temia abordar o assunto de maneira errada, pondo a perder um futuro entrosamento entre o filho que não conheceu e os que criou - ainda mais depois que Eugênio privilegiou o bastardo no testamento. Vulnerável, a matriarca aceitou a sugestão, voltou a pedir que ela mantivesse o segredo e as duas renovaram o pacto.
A enfermeira e o golpista
Foi quando o coração de Eugênio começou a fraquejar e ele foi internado às pressas no hospital pela primeira vez que Clara entrou na vida dos Gouveia. O médico aconselhou a família a contratar uma enfermeira para acompanhar o empresário e, no dia seguinte, ela se apresentou com um excelente currículo. Bete ligou para as pessoas que assinavam as cartas de recomendação e obteve ótimas referências. Depois de instalada na casa, Clara conquistou a todos. Porém, a verdadeira Clara é ambiciosa e faz um par ideal com Fred (Reynaldo Gianecchini), que compartilha da mesma característica. Os dois se conhecem desde criança: filhos de famílias vizinhas no Tatuapé, cresceram, cada um seguiu seu rumo, voltaram a se encontrar adolescentes em uma balada e nunca mais se separaram.
Assim, quando Clara contou a seu parceiro sobre a confissão que Eugênio fez antes de morrer, traçaram um plano na hora.
Fred devia ter mais ou menos 10 anos quando seu pai, operário da Metalúrgica Gouveia, sofreu um acidente na prensa da oficina, ficando sem uma das mãos. Quando foi exigir seus direitos, os advogados da fábrica conseguiram ludibriá-lo e, lesado e humilhado pela empresa, ficou sem sua indenização e acabou se suicidando. As últimas palavras que Fred ouviu de seu pai ainda repercutiam em sua mente: “O mundo é podre, meu filho. Nunca confie em ninguém e tire da vida, a qualquer custo, tudo o que ela não quiser te dar...”.
Quando Fred fica sabendo sobre o tal herdeiro desaparecido que vê sua grande chance de entrar na Metalúrgica pela porta da frente e tirar da família Gouveia muito mais do que o dinheiro que Eugênio deixou de dar a seu pai. Enxerga aí a oportunidade de fazer com que paguem por sua infância pobre e sem pai, por ter carregado muita caixa no mercado onde trabalha sua mãe Candê (Vera Holtz) e por não ter conseguido nada na vida a não ser acumular ódio e ressentimento.
O filho perdido
As informações que Bete conseguiu sobre o filho perdido estavam corretas. Realmente ele foi levado pelo casal Mattoli para Laurenza-in-Chianti, na Itália, em terras da Toscana. O que ela não sabe ainda é que lá ele cresceu, casou-se, ficou viúvo e é pai de quatro filhos – Adamo (Germano Pereira), Agostina (Leandra Leal), Agnello (Daniel de Oliveira) e Alfredo (Miguel Roncato). Antonio Mattoli (Tony Ramos), ou Totó, como é mais conhecido, é um homem do campo, um típico “contadino”, com coração e alma de italiano. Junto com sua irmã de criação, Gemma (Aracy Balabanian), comanda com braço de ferro a família. É um homem simples e muito popular na sua cidade: simpático, falastrão, contador de histórias, de sangue quente, dramático, vital e feliz. Ficou viúvo no nascimento de seu filho mais novo, Alfredo (Miguel Roncato), e, se não fosse seu anjo da guarda Gemma, não teria conseguido sobreviver à morte da esposa e nem terminado de criar os filhos.
A dinastia do lixo
Olavo da Silva (Francisco Cuoco) hoje está bem mais calmo, mas já foi o que se pode chamar de um verdadeiro garanhão. Teve todas as mulheres que quis e todas que quiseram estar com ele também. Com o passar dos anos, um pouco mais sossegado, ele casou-se, enviuvou e casou-se novamente com Clotilde, ou Clô (Irene Ravache), como gosta de ser chamada. Uma mulher um pouco mais nova do que ele, bonitona, vaidosíssima, bem cuidada e que de boba não tem nada. Como nenhuma outra que passou pela vida dele, sabe levá-lo para onde quer e ele, encantado, faz por ela o que nunca fez por mulher alguma. O segredo de Clô está entre as quatro paredes do quarto deles e ninguém, até hoje, conseguiu saber qual é.
Olavo também é um homem de visão e de sucesso. Depois de ter tentado vários negócios, acabou se interessando pela reciclagem do lixo. Estudou, pesquisou, se dedicou e hoje é milionário graças a todas as técnicas de preservação ambiental que introduziu no país. Sua empresa tem inúmeros depósitos de detritos recicláveis por todo o Brasil e já exporta tecnologia para o mundo. Por sua atividade e pelo sucesso que obteve, a imprensa costuma se referir a ele como o ‘rei do lixo’, o que deixa Clô irritadíssima. Ela quer tudo na vida, menos ser chamada de ‘rainha do lixo’ quando faz suas compras pela Oscar Freire. Acontece que Jaqueline, ou Jackie (Alexandra Richter), a fiel secretária e eterna apaixonada por Olavo, e que se diz amicíssima e conselheira de Clô para assuntos sociais, é quem passa informações e constrói maldades sobre ela nos jornais.
Como todo bom rei, Olavo tem um herdeiro, ou melhor, herdeira. Enteada de Clô, Jéssica é uma jovem voluntariosa que se apaixonou perdidamente por Berilo, um italiano com quem teve que se casar às pressas porque ficou grávida. A princípio, Olavo foi contra a união, mas teve que acabar aceitando diante das ameaças de Jéssica de fugir com o namorado para a Itália. Mas Berilo, toda vez que a ‘princesa do lixo’ levanta essa possibilidade, faz com que ela desista da ideia, afinal o italiano é nada mais, nada menos, que o “figlio di um cane, disgraziato” que abandonou Agostina, a filha de Totó, na Itália para se dar bem no Brasil.
Olavinho, assim batizado para agradar o avô, é a alegria de Olavo. Já Clô tem horror de que o menino venha a chamá-la de vovó. Outro problema de Clô é Fortunato (Flavio Migliaccio), tio de Olavo, que mora com eles. Apesar de encostado, é abusado e fala o que lhe vem na cabeça. É o carma de Olavo, que prometeu à sua mãe, no leito de morte, sempre cuidar dele. O rei do lixo, apesar de gostar muito de Fortunato, já o teria pelas costas, não fosse o pavor de mandá-lo embora e o fantasma da mãe aparecer para cobrar.
Marcello Antony esconderá homossexualidadel em Passione
O autor Silvio de Abreu promete muitas emoções e descobertas bombásticas em Passione
. De acordo com a coluna Retratos da Vida, do jornal Extra, o personagem de Marcello Antony será descoberto gay pela própria namorada vivida pela atriz Carolina Dieckmann, protagonista da história.
Na pele de Gerson Gouveia, um campeão de Stock Car, alegre e brincalhão, ele fará com que a estudante de pós-graduação em jornalismo Diana se sinta rejeitada. Então, desconfiada do comportamento do rapaz, ela acabará descobrindo o grande segredo do esportista.
Maitê Proença vive personagem polêmica em Passione
Em conversa com O Fuxico, a atriz contou detalhes de sua nova personagem Stela.
"A Stela vai ser esposa do Saulo Gouveia (Werner Schunemann) e nora da Bete Gouveia (Fernanda Montenegro). Ela vai ser aquele tipo de mulher muito boa, mas que é maltradada pelo marido. Ela sofre por isso, por não ser percebida, mas se mantém bem, principalmente pelos três filhos".
Maitê vai além e revela que a personagem terá uma reviravolta.
"Em determinado momento, cansada da vida que leva, a Stela começa a sair a tarde para aproveitar a vida. Ela vai ao cinema, a praia, mas também começa a se envolver com alguns garotões. Ela fica apenas uma tarde com cada um deles e volta pra casa feliz e sem nenhuma culpa do que fez, já que o marido nem a percebe. O Saulo é do tipo de homem que tranca a mulher em um quarto e bate, sabe?".
Em dúvida sobre como será a reação do público diante da polêmica personagem, Maitê está cuidadosa com a interpretação e diz que qualquer exageiro, pode descaracterizar toda a personalidade de Stela.
"A personagem é muito complexa, eu não posso faze-lá toda sorridente, porque ficaria vulgar, porém ela não é totalmente infeliz. Ela se esforça para não ser depressiva e faz isso para aguentar a situação. Acho que no primeiro momento, as pessoas vão ficar de olho para ver qual é, mas depois do 20º capítulo, acredito que as mulheres vão acabar compreendendo o lado dela porque o marido dela é insuportável e essa é a válvula de escape que ela usa".
Cauã Reymond perde três quilos para Passione
Para dar mais realidade ao ciclista Danilo, personagem de Cauã Reymond, de Passione, a nova novela das oito, da Globo, o ator precisou suar, e muito, a camisa. De acordo com a colunista Patrícia Kogut, do jornal O Globo, Cauã já perdeu três quilos.
“Meu peso é flutuante. Se eu gravo mais numa semana, já perco um pouquinho”, contou Cauã, que desde dezembro vem pedalando intensamente. Sessões de fisioterapia e musculação também são outras atividades feitas por ele que hoje está com seus 75 kg.
De acordo com a coluna, a preparação de Cauã se intensificou mesmo em janeiro. “Tentei ficar com a rotina parecida com a do meu personagem. Agora tenho malhado menos, por causa das gravações”, disse o ator.
“Meu peso é flutuante. Se eu gravo mais numa semana, já perco um pouquinho”, contou Cauã, que desde dezembro vem pedalando intensamente. Sessões de fisioterapia e musculação também são outras atividades feitas por ele que hoje está com seus 75 kg.
De acordo com a coluna, a preparação de Cauã se intensificou mesmo em janeiro. “Tentei ficar com a rotina parecida com a do meu personagem. Agora tenho malhado menos, por causa das gravações”, disse o ator.
"Mariana Ximenes vai apanhar nas ruas"
A vilã que Mariana Ximenes vive em Passione, trama da Globo que estreio na segunda-feira (19), promete dar o que falar. Sílvio de Abreu, autor da novela, disse que Mariana Ximenes encarnou muito bem o personagem.
“Mariana Ximenes é uma atriz maravilhosa. Ela é uma vilã péssima, daquelas motivadas pela ambição. Se hoje em dia as pessoas ainda baterem nas ruas, ela vai apanhar”, disse o autor. Mas Sílvio de Abreu disse que os vilões da novela têm uma história de vida que justifica este lado de maldade e espera que o casal vivido por Mariana Ximenes e Reynaldo Gianecchini choque os telespectadores:
“Mariana Ximenes e Reynaldo Gianecchini agem juntos, são vilões, mas também têm um lado humano forte. A vilania deles é muito bem justificada dentro da trama pela história de vida. E eu espero que o casal formado por Mariana Ximenes e Tony Ramos choque mesmo, porque é completamente fora da realidade”, adiantou Sílvio.
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