Muitos atores que fizeram um sucesso estrondoso com algum papel, tanto no cinema, quanto no teatro ou mesmo na TV, ficam sempre temendo se ver estigmatizados aos olhos do público. Ou seja: que todos só se lembrem daquele personagem específico e não deem brecha para o artista mostrar suas outras facetas de atuação. Mas, felizmente, esse não foi o caso de Larissa Maciel. A atriz que viveu o personagem título na minissérie “Maysa - Quando Fala o Coração”, agora se prepara para estrear em novelas na pele de Felícia, em “Passione”, nova trama global das 21h.
Apesar de Maysa ter chegado realmente ao coração do público e lançado a atriz ao sucesso, Larissa vê a personagem como um presente e como uma marca benéfica em sua carreira: “Foi um presente, uma personagem completa que eu tive o maior prazer em interpretar”.
Mesmo assim, agora tudo que ela quer é pensar em sua tímida e retraída Felícia, da trama de Silvio de Abreu, que substituirá “Viver a Vida”. E com uma personagem que está no mesmo núcleo com nomes como Vera Holtz e Reynaldo Gianecchini não poderia se esperar outra coisa se não alegria.
E ao que parece a bela não se intimida nem com os percalços da profissão. E mesmo chegando mais perto de se tornar uma das “queridinhas da telinha”, ela não abandona o teatro e assegura que, mesmo com todas as dificuldades financeiras e de divulgação de se trabalhar nesse meio, ainda crê que é possível viver somente atuando nos palcos: “Cada ator deve trilhar seu caminho, fazer suas escolhas. Muitos atores só fazem teatro”.
FAMOSIDADES Passione – Você deu um show na minissérie global “Maysa - Quando Fala o Coração” na pele da personagem título. Qual foi a importância desse trabalho para você? Ele ficou muito marcado em sua carreira?
LARISSA MACIEL – Maysa foi um presente, uma personagem completa que eu tive o maior prazer em interpretar! Ficou porque foi o meu trabalho de estreia na Rede Globo, mas sempre pensarei nele com muito carinho!
É mais difícil interpretar alguém que não é somente um personagem, ou seja, que já existiu na vida real?
É diferente. Quando o personagem é de ficção a liberdade criativa é maior, o ator pode optar pelas características que vai usar para compor o que o autor escreveu. No personagem real o ator tem que se transformar naquela pessoa, se aproximar do jeito de falar, olhar, andar, e principalmente tentar compreender a forma de pensar para entender as decisões tomadas pela personagem.
Você via alguma semelhança entre você e a Maysa?
Todo personagem que interpreto tem semelhanças e diferenças comigo! Maysa não foi diferente. Quanto a semelhança física, antes do teste para minissérie ninguém nunca tinha dito que eu era parecida com a Maysa.
Na peça “Aquelas Mulheres” sua personagem, a Sam, é uma dona de casa. Você, como uma mulher moderna, conseguiria se ver na pele da personagem?
Acho que mesmo as mulheres modernas, cheias de compromissos profissionais, dividem seu tempo entre o trabalho e a administração da casa! Comigo não é diferente, tenho uma agenda cheia, mas administro a minha casa. Não conseguiria ser somente dona de casa porque sempre quis ser atriz, mas respeito quem dedica sua vida para cuidar da família, da casa. Se a mulher é feliz assim é o que importa!
Você trabalha há muito tempo com teatro e aos poucos está chegando na TV. Tem alguma preferência?
Não, adoro teatro,cinema e televisão.
Você desenvolveu mais o seu trabalho no teatro. Acredita que, atualmente, mesmo com todas as dificildades que esse meio sofre por questões financeiras, o ator possa viver somente fazendo teatro?
Claro! Cada ator deve trilhar seu caminho, fazer suas escolhas. Muitos atores só fazem teatro.